Pelo menos duas centenas de jovens concentraram-se ao princípio da tarde de hoje na Praça da Independência no centro de Luanda.
Num dia de sol escaldante, temperaturas abrasadoras, um ruidoso clamor por mais direitos, com a liberdade de expressão no centro.
As palavras de ordem alternaram com as intervenções dos participantes. Jovens de todas as raças e extractos sociais empunhando dísticos de protesto, circundaram o local histórico, onde há 35 anos o MPLA proclamou a independência.
Foram vários os intervenientes, todos clamando por mais direitos.
Palavras como “Dos Santos é ditador”, “Tchizé tira o pé”, “a polícia é nossa” “queremos liberdade” foram as mais pronunciadas.
Um repórter da televisão pública de Angola foi apupado e mandado retirar-se.
Este é um evento observado à distância pela polícia.
O governo de Luanda não resistiu a vontade dos rapazes que se impuseram quanto ao local para a realização do evento. As autoridades queriam confina-los a um espaço fechado, talvez de menor visibilidade.
O conhecido cantor, Brigadeiro MATA-FRAKUX, membro da organização, falou das peripécias por que tiveram de passar, até chegar o dia da manifestação: “na mesma lei que eles usam para nos condenar, também diz que o governo deve responder à comunicação, no prazo de 24 horas. Não o fez. E nós não aceitàmos mudar... por isso estamos aqui.”
De referir que houve uma fraca representação das figuras políticas, com raras excepções, para os dirigentes do BD-bloco democrático.
Ouça a reportagem do Alexandre Neto.
Pelo menos duas centenas de jovens concentraram-se ao princípio da tarde de hoje na Praça da Independência no centro de Luanda.