O jornalista e activista cívico angolano, Domingos da Cruz, foi impedido de lançar formalmente em Luanda o seu último livro intitulado “ Quando a guerra é necessária e urgente”.
No livro, Domingos da Cruz, faz um apelo aos jovens angolanos para que participem activamente na vida pública do país e que não deixem que seja uma pequena elite a decidir o seu futuro.
O autor tinha alugado para o efeito uma sala de conferências pertencente à Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, CEAST.
Contudo o bispo Dom Emílio Sombebelo, responsável pelas instalações, impediu que o acto ocorresse ordenando o cancelamento da reserva daquela sala.
O livro de Domingos da Cruz contém criticas às igrejas angolanas pela sua proximidade com o poder denunciando especialmente o relacionamento de destacados prelados católicos com o governo do MPLA.
Segundo ele, os padres católicos fazem abertamente campanha a favor do grupo dominante recebendo em troca vários bens tais como casas ou automóveis.
Domingos da Cruz queixa-se entretanto de estar a ser alvo de fortes pressões tanto da igreja católica como de círculos políticos ligados ao governo por causa do seu livro.
Em declarações à Voz da América, aquele jornalista e activista cívico afirma que chegou mesmo a receber ameaças de morte acrescentando que teme pela sua vida e que está a considerar deixar de vez o país.
Igreja católica cancela sala onde Domingos da Cruz devia apresentar o seu livro,"Quando a guerra é necessária e urgente"