As infra-estruturas da FNLA em posse dos partidários de Ngola Cabango poderão ser recuperadas em breve

As infra-estruturas da FNLA em posse dos partidários de Ngola Cabango poderão ser recuperadas em breve

As querelas internas nas formações políticas em Angola, desestabilizam o exercício democrático

As infra-estruturas da FNLA em posse dos partidários de Ngola Cabango poderão ser recuperadas em breve, pelos actuais representantes de Lucas Ngonda.

O secretário nacional para informação da FNLA, Miguel Pinto, adepto de Lucas Ngonda, disse que uma intervenção do Tribunal Constitucional ajudará a solucionar a crise interna que se arrasta há uma década.

“Os imóveis estão na justiça, tanto a morosidade também da justiça no nosso país é esta. Nós depois de recebermos os acordos 109 e 110, os nossos advogados estão a trabalhar na questão dos imóveis. É a morosidade da justiça angolana, estamos, portanto, a espera que haja uma luz no fundo do túnel, mas eu penso que está para breve”.

Os militantes da FNLA espalhados pelo país, com excepção em Luanda e em poucas capitais de províncias, onde há duas delegações, funcionam em instalações improvisadas.

“Depois de 1997, em que tivemos a crise, a preocupação que nós tivemos é reimplantar o partido em todas as províncias do país, é o que fizemos. Quando fizemos o congresso de 2004 com o velho (Holden Roberto), o velho já não se encontrava nas provinciais, em província nenhuma se encontrava".

Mesmo aqui na capital de Luanda as bandeiras que ainda flutuavam nos mastros eram nossos comités. Neste momento nós não oficializamos onde os nossos funcionários funcionam, não oficializamos, porquanto, noutros sítios há duas delegações, por exemplo, em Luanda. Essa nossa e aquela de baixo, mas nas províncias os nossos militantes funcionam plenamente, há os militantes que têm as suas casas com espaço e dali aguardando que a justiça venha cumprir com a sua tarefa”.

Miguel Pinto, entrevistado ao telefone a partir de Luanda, a propósito do funcionamento paralelo de 2 secretariados províncias da Frente Nacional de Libertação de Angola em Malanje, referiu que o acórdão número 110 do Tribunal Constitucional de 2009 confere puderes a direcção do partido ao cidadão Lucas Benghy Ngonda.

O representante de Ngola Kabangu nesta região, Jacinto Cabanda Dala reafirmou recentemente que a sua equipa continuará a ocupar o edifício, localizado no segundo andar do chamado prédio do banco, por pertencer a parte legítima do partido que prepara um congresso ainda este ano.

“Nós não somos de Lucas Ngonda, nós somos do partido FNLA. A FNLA nunca existiu duas alas, nós saímos em 2008 até 2011, então, vamos realizar o nosso congresso. Por isso, não somos de Lucas Ngonda, somos do partido da FNLA, Ngonda nunca foi presidente da FNLA, Ngonda foi um militante e nunca foi presidente”.

As querelas internas nas formações políticas em Angola, desestabilizam o exercício democrático e da cidadania que se impõe rigor de momento.