O Presidente dos Estados Unidos Barack Obama prossegue a sua visita à América latina com uma deslocação a El Salvador, ultima etapa desta sua visita.
Obama esteve anteriormente no Chile onde afirmou que este país é um exemplo de que uma regime ditatorial pode dar lugar a uma democracia por meios pacíficos.
Obama iniciou a sua visita ao continente sul americano no Brasil, a potencia regional.
No Brasil a visita tem estado a ser comentada por analistas locais que divergem quanto aos resultados.
Para o professor de relações internacionais da PUC Minas, Ricardo Ghizi, a principal expectativa com relação à visita foi correspondida.
“O que o Brasil mais espera dos Estados Unidos é uma parceria de igual para igual e o presidente Obama disse que reconhece o nosso país como uma potência. Esse era o principal resultado esperado dessa visita”, afirmou.
Analisando um dos pontos merecedores de atenção nessa vinda de Obama ao Brasil, o governo brasileiro sublinha a posição do líder americano com relação à ambição brasileiro de te rum lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU.
No comunicado oficial depois de encontro com a presidente Dilma, em Brasília, Obama manifestou apreço à aspiração do Brasil.
O presidente americano não foi tão claro e enfático como foi diante de pedido similar de apoio feito pela Índia, mas, mesmo assim, a reação do líder foi considerada positiva pelas autoridades brasileiras.
As outras expectativas em torno da visita dos Estados Unidos tinham relação com o comércio.
Actualmente, o Brasil vende menos do que compra dos americanos. Os empresários brasileiros também se queixam das altas tarifas protecionistas impostas pelos Estados Unidos.
Para o coordenador do Centro de Relações internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Matias Spektor, a visita de Obama não trouxe avanços concretos nessa área.
“Faltou um avanço decidido no ambiente regulatório de negócios e comércio bilateral, isso ficou para a próxima,”disse
O empresariado brasileiro afirmou no entanto, que vai ser possível avançar no sentido de tornar a balança comercial entre os dois países mais favorável ao Brasil, depois da passagem de Obama.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, admite, no entanto que muito ainda precisa ser feito nesse sentido.
“Nós empresários brasileiros não queremos só comprar, queremos vender para os Estados. A nossa balança comercial hoje é deficitária e já foi positiva. O nosso trabalho agora é fazer com que isso mude. Que não só o aço, a laranja e o nosso etanol entre no mercado americano," disse
Para a ex-candidata à presidência do Brasil, Marina Silva, a viagem foi importante e o discurso no Teatro Municipal foi bem mais abrangente do que o pronunciamento, em Brasília.
“Ele tratou de questões relevantes para o interesse comum dos nossos países, mas sem perder a perspectiva dos anseios que a humanidade tem pela democracia, pela liberdade, pelo direito a igualdade," disse.
Mas para Marina Silva, o presidente americano falhou ao não abordar a questão climática.
“Faltou um tratamento mais enfático para a questão das mudanças climáticas, no desafio da mudança de desenvolvimento para as econômicas do mundo inteiro," disse.
Presidente americano está agora em El Salvador