Angola: Falta de água provoca suspensão de serviços no hopistal de Malanje

Hospital Materno Infantil de Malanje (Arquivo VOA)

Uma avaria que já dura 5 dias está por detrás desta decisão das autoridades sanitárias e direcção hospitalar

O Hospital Geral de Malanje está sem água corrente há mais de cinco dias e os principais serviços estão a funcionar a meio gás, enquanto que as áreas de Raio X, análises clínicas e gesso foram encerradas ao público.

Uma avaria registada no sistema de bombagem de água para a principal torre da unidade de referência na região é o principal obstáculo.

O bloco operatório está a efectuar intervenções cirúrgicas em pacientes cuja ausência de atendimento leva a morte. A secção está localizada no oitavo piso do edifício e a água é retirada na outra extremidade fora do mesmo. A chefe Dora Luzia confirma o transtorno que causa.

“Esta a funcionar pura e simplesmente para fazer casos urgentes e buscando água no reservatório do sanatório”, lamentou.

As casas de banho da área de internamentos dos serviços de medicina estão muito mal, os pacientes sujam, mesmo sem água e nós ficamos aqui pouco tempo, afirmou a técnica Elsa Maria. Segundo ela, os especialistas permanecem muito pouco tempo no posto.

Os pacientes já ressentem dos prejuízos da ausência de água naquela unidade hospitalar reinaugurada a pouco menos de quatro anos pelo chefe de Estado angolano.

Maria André ocorreu a unidade para “fazer ecografia e análise de sangue, mas não se fez análise de sangue porque não tem água, é mediante as análises que devemos saber o diagnóstico do que é nós temos e o que não temos”, reclamou, mas aconselhou “aquém de directo para fazer alguma para poder superar este caso”.

O administrador do Hospital Geral de Malanje, Melaston dos Santos está ao corrente da situação, mas ainda não há dinheiro para pagar o empreiteiro que vai executar a obra de reparação da avaria.

“É uma dificuldade no nosso sistema de canalização que bombeia a água para o interior do hospital, que é meio complexo, segundo os técnicos. Devíamos ter que tratar das questões orçamentais, porque não são máquina de pouco volume financeiro”, esclareceu.

“Nesse momento estamos a tratar disso para ver se pagamos a primeira percentagem, para eles começarem, então, a actuar”.

O único serviço a funcionar em pleno apesar do colapso é dos internamentos de ortopedia que possui um reservatório, segundo a sua responsável.