Guiné-Bissau: Governo promete investigar assassinato de Samba Djaló

Representantes dos candidatos á presidência reuniram-se para analisar eleições

O governo da Guiné Bissau prometeu investigar a fundo o assassinato do antigo chefe da contra-inteligência militar, Samba Djalo, ocorrido no Domingo.

Isto ao mesmo tempo que mais organizações internacionais declaravam o seu apoio ao modo como as eleições foram conduzidas.

Alguns dos candidatos disseram no entanto ter havido fraude e em Bissau há alguma inquietação quanto á possibilidade de instabilidade política.

“Mais um crime foi cometido, mais um irmão foi morto na sua residência pelas mãos de pessoas desconhecidas e sem motivos que expliquem o acto," disse um comunicado assinado pelo Ministro do Interior, Fernando Gomes.

O Governo destacou ainda aspectos da defesa dos direitos humanos e promete que junto das autoridades competentes encontrará os responsáveis por este acto, que qualifica de "perturbador da ordem pública e que em nada abona a Guiné-Bissau junto a comunidade internacional".


Entretanto, na esfera eleitoral, as organizações internacionais que se fizeram representar, através das suas Missões de Observação, continuam a fazer a avaliação positiva do processo de votação.

Depois da CPLP, CEDEAO e a União Africana, agora é vez da UEMOA (União Monetária Oeste Africana) a dizer a dar o seu aval ao escrutínio de Domingo passado.

Contudo há contestação por parte de alguns dos candidatos.


Segunda-feira foram as candidaturas de Kumba Yala e a de Manuel Serifo Nhamadjo que protestaram e Terça-feira foi a vez da directoria da Campanha do Candidato Independente, apoiando pelo PRID, Afonso Té, a afirmar que as eleições não foram justas e nem transparentes.

As direcções de cinco candidaturas, nomeadamente as de Manuel Serifo Nhamadjo, Kumba Yala, Afonso Te, Serifo Balde e de Henrique Pereira Rosa reuniram-se em Bissau para analisar o quadro geral do escrutínio e comparar as alegadas irregularidades.

Há grande apreensão nas ruas de Bisasu sobretudo em termos da segurança e estabilidade pós eleitoral, isto se se levar em conta o nervosismo político que antecedeu o acto de votação e que ainda prevalece.

A publicação dos resultados, por parte da Comissão Nacional de Eleições, que devera acontecer até ao dia 25 deste mês, será muito crucial para o equilíbrio deste processo.