A Rússia acusou a Líbia de treinar combatentes oposicionistas sírios em campos líbios e dos enviar para a Síria para atacar as forças do presidente Bashar al-Assad.
O embaixador da Rússia nas Nações Unidas fez esta acusação durante o encontro de quarta-feira do Conselho de Segurança da ONU durante o qual participou o primeiro-ministro líbio.
O embaixador russo Vitaly Churkin referiu que o seu governo tinha manifestado preocupação sobre a proliferação de armas líbias, para lá das fronteiras, após a queda em Outubro passado de regime Gadhafi.
Segundo Churkin não são já apenas as armas que estão a sair para o estrangeiro.
“Recebemos informação de que a Líbia, com o apoio das autoridades, tem um centro de treino especial para revolucionários sírios e que indivíduos estão a ser enviados para a Síria para atacar o governo legal”.
O embaixador Churkin não forneceu detalhes da informação mas sublinhou a existência de centros de treino para a oposição síria.
O enviado russo levantou a preocupação de Moscovo sobre a possibilidade de baixas civis causadas por ataques da NATO na Líbia.
Este comentário foi desmentido de imediato pela representante dos estados Unidos, Susan Rice.
“A Comissão Internacional de Inquérito concluiu que a NATO efectuou uma campanha precisa com a determinação de evitar baixas entre os civis”.
A representante das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, Valerie Amos, foi autorizada a entrar na quarta-feira na Síria, tendo sido recebida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e visitou a cidade de Homs, tendo visitado Baba Amr.
Uma porta-voz da ONU disse à Voz da América que Baba Amr estava totalmente devastada, que a cidade se encontrava deserta, e que se ouvia tiroteio nas proximidades da delegação das Nações Unidas.