São quinze dias para uma intensa confrontação política. Dez candidatos vão percorrer todas as regiões do país para piscar o olho ao eleitorado. Um eleitorado que espera ouvir dos pretendentes ao cargo do Presidente da República, projectos políticos que visam a melhoria da Guiné-Bissau.
Hoje, primeiro dia da campanha, a maioria dos candidatos que tem agenda feita, escolheu o interior do país para os contactos directos. São casos de Afonso Te, do PRID, que se deslocou ao Leste do pais, concretamente na cidade Gabu, depois desta manhã ter-se deslocado às campas do ex-presidente da República Nino Vieira e Tagme Na Wai, antigo Chefe de Estado-maior General das Forcas Armadas, no dia em que se assinalou os três anos após assassinatos destas então duas altas figuras da hierarquia do Estado guineense.
Para a mesma cidade, se calhar por se tratar de uma base política muito concorrida, porquanto representa um eleitorado insensato, seguiu Carlos Gomes Júnior, candidato do PAIGC.
Vicente Fernandes, da Aliança Democrática, este escolheu fazer os seus primeiros contactos com estudantes universitários e alunos de liceus aqui da capital, devendo ainda hoje proceder ao lançamento do seu manifesto eleitoral. Serifo Nhamadjo, candidato independente, deslocou-se a cidade nortenha de Canchungo para abertura oficial da sua corrida eleitoral. De resto, não se pode avançar nada.
Ao nível de outros candidatos, nada se transpira, mas a verdade é que as movimentações de todos os implicados e concorrentes as presidenciais antecipadas de 18 de Março estão bem patentes.
Bissau, a capital, e os centros urbanos no interior do país apresentam cartazes coloridos em todas as esquinas. Uma autêntica caça ao voto que promete elevar o nível de debate político, se bem que alguns observadores consideram estas eleições como as mais decisivas, do ponto de vista da estabilidade e da segurança nacional.