A malária continua a matar em Angola

  • Agostinho Gayeta

A malária continua a matar em Angola

Autoridades sanitárias confirmam a existência de 4 espécies de parasita em Angola

A Malária continua a ser a principal causa de morte em Angola, seguida dos acidentes rodoviários. As autoridades sanitárias nacionais e internacionais preocupadas com esta situação investem milhões de dólares na compra de medicamentos e redes de mosquiteiros para travar a doença no país.

Depois de se provar a ineficácia do Coartem, o Ministério da Saúde aposta agora num novo teste para a Malária. O teste chama-se Bioline e tem uma eficácia comprovada de combate à doença no organismo humano de cerca de 90 porcento de sensibilidade.

Filomeno Fortes é o Director do Programa Nacional de Luta Contra a Malária e diz que a introdução do novo teste resulta da ineficiência da maior parte dos casos clínicos comprovados em laboratório.

O Ministério da Saúde pretende por outro lado mudar a sua política de tratamento da doença. Por isso pretende apostar nos próximos dois anos em fármacos como Duacuatecsimi para combater a doença em Angola.

Para 2012 pretende-se introduzir novas combinações terapêuticas.

Actualmente está proibida a entrada de combate à malária com uma única composição, entre os quais o Alfan, o Arinati e o Artesiane.

Este ano o país registou mais de três mil casos de Malária. Autoridades sanitárias confirmam a existência de 4 espécies de parasita em Angola, entre os quais o plasmódio palciparo, o que transmite a malária cerebral e as anemias.

O Ministério da Saúde tem como objectivo, até 2012, reduzir em 60 porcento o impacto da malária no país prevendo a erradicação da malária até 2030.

Nos esforços contra o paludismo no país junta-se os Estados Unidos da América que, através da sua Agência para o Desenvolvimento Internacional e do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças doou recentemente, 630 mil redes de mosquiteiros para prevenção da malária, avaliadas em 4,3 milhões de dólares.

A rede mosquiteira é a maior estratégia de prevenção da malária em Angola, por esta razão o Ministério da Saúde recomenda o seu uso regular, principalmente para as mulheres grávidas e crianças menores de 5 anos, para protecção contra as picadas dos mosquitos.