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UNITA diz não à manifestação do dia 7


Isaias Samakuva, Presidente da UNITA, num comício em 2008
Isaias Samakuva, Presidente da UNITA, num comício em 2008

"Galo Negro" diz que protesto é manobra do regime para dar pretexto à prisão dos seus dirigentes

A UNITA declinou qualquer responsabilidade na organização de manifestações anti-governamentais, nomeadamente as que foram marcadas para a segunda-feira.

Numa declaração tornada pública, o Galo Negro face à tensão que toma conta do ambiente político, exprimiu preocupações quanto à segurança dos seus dirigentes.

Por serem desconhecidos os autores da organização e sobretudo pela insegurança que o evento está a gerar, a UNITA não vai associar-se.

O partido está preocupado pelo potencial de orquestração de forças estranhas, que podem arrebatar o evento para um propósito de criar-se um ambiente que favoreça a perseguição, e detenção dos dirigentes políticos da oposição.

Uma posição que se tornou conhecida na semana passada pelo seu porta-voz Alcides Sakala. Estas preocupações vazaram de seguida para os espaços electrónicos de comunicação.

O chefe do partido Isaias Samakuva assegurou que estava em posse de informações credíveis que apontam no sentido de criarem-se distúrbios para aproveitamentos.

Eduardo dos Santos a quem Isaias Samakuva, designa "presidente da transição", devia "respeitar a Constituição", uma alusão ao direito de manifestação ou qualquer outra forma de protesto dos cidadãos.

O Comité Permanente da UNITA qualifica a nova Constituição que completou um ano de mero “instrumento do poder”.

Hoje é o próprio Executivo que não respeita a carta magna", sublinhou Samakuva.

Enquanto isso, o MPLA partido no poder contrapõe e atribui ao “complot internacional” a organização da marcha do próximo dia 7, e em resposta a qual vai levar a cabo a sua, designada “marcha pela Paz” no sábado, antecipando-se às demais.

Bento Bento, o Secretário Provincial fala por isso da necessidade de sair a rua e promete arrasar, razão pela qual apelou aos seus pares para uma total mobilização.

Este é o ambiente de pressão com o qual passaram a lidar os angolanos nestes últimos dias.

Samakuva responsabilizou o “presidente da transição da República” pela má governação do país, e exortou que “quaisquer manifestações ... de apoio a Eduardo dos Santos, visam apenas branquear a imagem desgastada”.

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