Os Estados Unidos estão a movimentar forças navais e aéreas para uma área próxima da Líbia a fim de estarem prontas a cumprir eventualmente quaisquer ordens dadas relativas à crise que se vive naquele país do Norte de África.
Ao mesmo tempo, a secretária de Estado, Hillary Clinton, advertia perante uma comissão do Congresso, que os Estados Unidos "não retiram nenhuma opção da mesa enquanto o governo da Líbia mantiver as suas armas apontadas ao seu próprio povo".
A chefe da diplomacia americana afirmou que sem uma "resposta forte" dos Estados Unidos aos acontecimentos na Líbia, aquele país arrisca "uma prolongada guerra civil".
"O que está em jogo é importante. Uma resposta americana forte e estratégica é essencial", disse Clinton.
Os Estados Unidos mantêm normalmente uma forte presença militar no Mediterrâneo e têm bases na Espanha, Itália e Turquia e a sul do Canal do Suez, principalmente focadas na pirataria marítima na África Oriental e no apoio a tropas americanas no Afeganistão.
Mas forças navais e aéreas em particular são flexíveis e podem estar num lugar um dia e noutro bastante mais longe no dia seguinte. O porta-voz do Pentágono, coronel David Lapan, disse que embora as forças armadas americanas não tenham recebido ordens para fazer nada relacionado com a Líbia, os militares começaram a fazer planos e a movimentar forças, para o caso de receberem ordens.
“Temos planeadores trabalhando em vários planos de contingência e penso que é seguro dizer, como parte disso, que estamos a reposicionar forças para termos flexibilidade, logo que sejam tomadas decisões.”
O coronel Lapan afirmou que os militares estão a trabalhar para garantir ao presidente Obama a "vasta gama de opções”, que eles pediu ma semana passada. E que elas estejam prontas para serem apresentadas ao presidente e aplicá-las se necessário.
Funcionários da administração estão relutantes em dizer exactamente quais as opções que estão a ser preparadas. Mas especialistas dizem que as possibilidades incluem a imposição de uma zona de exclusão aérea, a entrega de abastecimentos humanitários ou armas aos líderes da revolta, a evacuação de estrangeiros e potencialmente o envio de tropas para estabelecer ou manter a ordem. Ninguém está a falar sobre esta ultima hipótese nesta fase. O coronel Lapan disse apenas que as forças “podem ser usadas de várias maneiras” e que movimentá-las agora proporciona flexibilidade ao presidente.
Temos uma serie de planeadores olhando para opções e contingências para fornecer opções as altas chefias, mas ainda não foram tomadas quaisquer decisões. Por isso, estamos ainda a trabalho nisso e a preparar formas logo que sejamos chamados a efectuar quaisquer tipos de missões, sejam humanitárias ou outras.”
O coronel Lapan disse que o planeamento está focado principalmente em forças navais e aéreas e que até agora não foram recebidas quaisquer ordens para lançar qualquer tipo de missão militar na ou perto da Líbia.