Estudantes da Guiné-Bissau em Tripoli dizem-se abandonados pelo seu governo e apelaram ao executivo no sentido de os repatriar tão cedo quanto possível.
Falando segunda-feira à Voz da América, dois dos oitos estudantes guineenses descreveram o estado da angústia por que estão a passar e também as iniciativas levadas a cabo junto as embaixadas de países lusófonos para os ajudar a abandonar a Líbia em segurança.
Satam Indjai e Amadou Dialló estudam a língua árabe e economia numa universidade no centro de Tripoli cujo nome recusaram em revelar por razões de segurança, imploraram ao governo de Bissau para que faça alvo pelo colectivo.
Estes estudantes contam que chegaram a entrar em contacto com a embaixada de Portugal em Tripoli, mas sem terem conseguido a colaboração dos diplomatas, antes de todo o pessoal ter sido evacuado.
Satam e Diallo referem também contactado a embaixada do Brasil na capital líbia, porém, o navio em que o pessoal diplomático brasileiro seguiu estava superlotado. O chefe da missão brasileira prometeu contactar o Itamaraty informando sobre a desesperada situação dos estudantes guineenses no sentido de encontrar meios para os extraditar de território líbio.