Navio norte-coreano apreendido no sul de Angola

Vista geral do porto do Namibe

Nada de anormal encontrado a bordo mas a sua presença não tinha sido notificada ás autoridades angolanas

Um navio norte-coreano foi apreendido pelas autoridades angolanas perto do Namibe depois de ter ancorado durante 20 dias em águas de Angola sem qualquer comunicação.

A presença do navio foi denunciada por pescadores, alguns dos quais alegaram que o mesmo se encontrava envolvido no tráfico de drogas.


O Navio da Coreia do Norte está apreendido e retido há mais de uma semana no Porto do Município piscatório do Tombwa, depois de ter sido capturado por ordem das autoridades marítimas do Namibe, por alegada violação das normas nacionais angolanas e internacionais.


O capitão do porto do Namibe, Nandjata David, disse à radio local que o navio tem uma tripulação de 33 individudos.

David não falou aos orgãos de informação privados mas disse que à rádio estatal local que bastará o armador pagar a multa aplicada, na ordem de cinco mil dólares americanos, para o navio pode prosseguir o seu intinerário.

Na rádio estatal do Namibe, reiterou que o navio coreano, violou gravemente as normas internacionais, previstas e puníveis nos termos da legislação marítima vigente em Angola.

«O Navio foi despachado aqui no porto do Namibe, onde descarregou o açúcar, mas com o destino ao alto-mar, mas quando se fala de alto-mar, trata-se das aguas internacionais," disse.

"Portanto, o navio entendeu que tinha que fundear a cinco milhas da nossa costa, onde ficaram cerca de vinte dias, sem a devida comunicação às autoridades da orovíncia», esclareceu na rádio local.

O capitão do porto do Namibe disse que uma delegação multissectorial, composta por individualidades da segurança do estado, polícia fiscal, polícia de investigação criminal, autoridades marítimas e ele próprio, vistoriaram o navio e nada de anormal foi encontrado.

Pescadores haviam levantado suspeitas do navio estar envolvido no tráfico de drogas.

«Fomos lá todos, eu próprio, o comandante da policia fiscal, os órgãos da segurança e policia de investigação criminal, foi feita uma vistoria severa e não foi encontrado absolutamente nada de realce," disse.


Contudo Nadjata David acusou os tripulantes de dizeram "puras mentiras visando descartar a responsabilidade e perante tais factos, tivemos que apreender o Navio e fundia-lo no porto do Tombwa, onde se encontra até hoje".


Fontes do tribunal do Namibe e da procuradoria provincial do Namibe da republica,disseram não ter dado entrada naqueles órgãos judiciais, qualquer processo ligado á penalização ou cobrança daquele navio, por violação das normas marítimas nacionais ou internacionais, na ausência do tribunal marítimo na Província.