Quando o Sudão do Sul decidiu encerrar a sua produção petrolífera para protestar contra as alegadas injustiças do norte, o novo país cortou também assim 98% dos seus rendimentos.
Como resultado empresarios deste país estão preocupados com as consequencias económicas dea decisão.
Mustafa Ayoo é propietàrio de uma loja de ferragens no mercado de Jebel nos arredores da capital. Como muitos outros comerciantes nesta cidade ele tem estado a seguir com atenção as notícias sobre o encerramento da produção petrolífera, um processo de duas semanas iniciado no final do mês passado e que deverá estar a gora a ser completado.
“Claro que estou preocupado porque obter moeda estrangeira vai ser um problema,” disse ele.
“A maior parte das coisas aqui vêm de países estrangeiros principalmente do Uganda e do Quénia. Estou certo que isto vai afectar o meu negócio,” acrescentou.
Ayoo diz que na generalidader ele compra os seus produtos com dólres americanos. Mas os dólares e outras moedas estrangeiras que entravam no país através do comércio do petróleo estão a tornar-se difíceis de encontrar desde a decisão de encerrar a produção de petróleo.
O banco central do Dudao do Sul, para tentar conservar as suas reservas de dólares, deu ordens para que transferências para o Quénia e Uganda sejam feitas apenas em libras do Sudão do Sul.
O Sudão do Sul depende dos oleodutos do norte para enviar o petroleo para os mercados internacionais.
O sul cortou o comércio com o norte depois de acusar o Sudão de roubar 815 milhões de dólares em petróleo.
Kartum diz que se apoderou do petróleo para pagamento de tarifas de trênsito que não foram pagas.
Uma comissão da União Africana chefiada pelo antigo presidente sul-africano Thabo Mbeki apresentou uma proposta para se resolver a disputa pela qual o Sudão do Sul pagaria ao norte cerca de 5.000 milhões de dólares nos próximos cinco anos para compensar a perda de rendimentos. O Sudão do Sul rejeitou a propostas.
Isto numa altura em que o Sudão do Sul faz face a enormes desafios. A ONU estima que apenas um quarto da população alfabetizada e apenas a mesma percentagem tem acesso a cuidados de saudo.
Alguns comerciantes como Dayo King afirmam que a nação é demasiado fràgil para sacrificar uma tão grande parte da sua economia.
“Isto é um país que apenas agora começou. Portanto se o petróleo não for vendido mesmo que apenas por uma semana isso afecta as pessoas terrívelmente,” disse
O governo do Sudao do Sul anunciou que está a preparar medidas de austeridade para reduzir gastos de modo a compensar a redução de rendimentos.
Mas com grande parte da população não tem serviços basicos e muitas pessoas são dependentes de agências humanitàrias, qualquer redução de gastos governamentais será dolorosa.