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20 Mai 2016 AFS - Joaquim Grilo: "Um dia a crise será posta fora do circuito"
A crise em Angola irá passar e o futuro de Benguela como força económica no país irá fortalecer-se, disse o historiador Joaquim Grilo.
Grilo falava no programa “Angola Fala Só” em que o 399º aniversário da cidade de Benguela esteve em discussão.
O historiador manifestou optimismo, afirmando que a cidade tal como o país irá progredir.
“Um dia a crise será posta fora do circuito”, disse Joaquim Grilo que fez um breve historial da cidade e do seu impacto económico no país quer antes, quer pós independência.
Durante o programa, o historiador esteve envolvido algumas vezes em acesas discussões sobre a situação em Angola. Joaquim Grilo defendeu que muitos fazem acusações sem factos ou de modo tendencioso, aproveitando os microfones da Voz da América para fazerem falsas acusações.
“Roma e Pavia não se fizeram num dia”, disse o historiador que recordou a destruição imposta a Angola por “uma invasão igual a do Hitler”.
“Angola sofreu uma guerra devastadora e Benguela não fugiu à regra e também sofreu os seus efeitos colaterais”, acrescentando ainda que desde o fim da guerra já foi feito mais em Benguela “do que aquilo que já tinha sido feito antes da nossa independência”.
“A cidade aumentou, temos universidades, temos algumas indústrias”, referiu.
Joaquim Grilo falou dos avanços já feitos, fazendo notar que uma propriedade agrícola na Canjala vai começar a exportar bananas para Portugal, a primeira vez que tal acontece desde a independência.
O historiador comentou também que o desenvolvimento industrial na região continua a ser afectado pela falta de energia mas que isso deverá ser resolvido quando entrar em funcionamento a nova barragem de Lomaum.
“Ninguém faz omeletes sem ovos”, lembrou.
Para Joaquim Grilo a criação de uma “mega metrópole”, juntando Benguela e o Lobito será “ouro sobre o azul” pelas grandes possibilidades que abre a toda aquela região em todos os aspectos económicos.
“Saber esperar é uma grande virtude”, rematou.