Angola: Autoridades policiais dizem que acusações do ativista Man Gena são falsas

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Procuradoria-Geral da República, Luanda, Angola

Agora, entregue à justiça, espera-se que apresente as provas que incriminam altos dirigentes da polícia e das Forças Armadas no narcotráfico

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Angola confirmou nesta quarta-feira, 28, a prisão do ativista Gerson Eugénio Quintas "Man Gena", deportado, juntamente com a família, de Moçambique no domingo.

Em declarações aos jornalistas, o porta-voz do SIC-geral adiantou ainda que a corporação investigou as acusações feitas por "Man Gena" contra altas patentes da Polícia Nacional, das Forças Armadas Angolana e do SIC, de envolvimento no narcotráfico, mas que são infundadas.

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"Tudo quanto Man Gena denunciou na internet não está comprovado", disse o superintendente-chefe Manuel Halaiwa , quem acrescentou que o ativista tem agora "a soberba oportunidade de as comprovar".

Man Gena foi encaminhado ao Ministério Público e deve ser ouvido por um juiz de garantia, que vai decidir o futuro dele.

Ele está indiciado pelos crimes de calúnia e difamação e ultraje à figura do Presidente da República, entre outros.

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Entretanto, a esposa de Man Gena, Clemência Suzete Vume, deportada de Moçambique juntamente com o marido, disse à imprensa, num hotel em Luanda, que muitas provas que o martido tinha desapareceram num assalto que sofreram na sua residência em Luanda, e lamentou o fato de o esposo estar detido.

Man Gena esteve preso durante nove anos por tráfico de droga, mas depois começou a colaborar com a Polícia.

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Foi então que ele acusou altas entidades de envolvimento no narcotráfico, passando, segundo ele, a ser perseguido.

No ano passado, Man Gena fugiu com a esposa e dois filhos para Moçambique, onde não conseguiu o estatuto de refugiado junto do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.

Eles foram deportados no domingo por estarem ilegalmente em Moçambique.