A paz e a reconciliação nacional em Angola apresentam-se com alguma fragilidade, disse o Arcebispo do Lubango Dom Gabriel Mbilingui.
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De acordo com o prelado católico, para lá das coisas boas que o país conheceu nos últimos 14 anos, marcado substancialmente com o calar das armas, Angola precisa de reflectir sobre a fraternidade fundamental para a consolidação da paz e reconciliação nacional sem retorno.
Dom Gabriel Mbilingui falava num fórum promovido recentemente pela emissora local pública sobre a visão da igreja em relação à paz em Angola.
Mbilingui lançou um apelo à tolerância e à inclusão de todos os angolanos na vida do país.
“Enquanto não nos reconhecermos e não nos tratarmos como irmãos e irmãs filhos e filhas do mesmo pai celeste membros de pleno direito da mesma mãe pátria Angola, cidadãos co-responsáveis pelo destino comum do nosso país, ser-nos-á bastante difícil alcançar o bem-estar de e para todos e haverá sempre angolanos que vivendo em Angola não se sentirão em casa”, disse.
O arcebispo do Lubango, afirmou ainda que a paz é um bem indivisível citando o falecido, Papa João Paulo II.
“Isto implica não deixar-se guiar pela avidez do lucro e pela sede do poder.”, disse.
Sobre a actual crise financeira que afecta o país, Dom Gabriel Mbilingui considerou que ela pode ser vista como uma ocasião para recuperar as virtudes da prudência, da temperança, justiça e da fortaleza de ânimo.