No dia em que se celebra o acordo de paz assinado entre o MPLA e a Unita em 2002, partido no poder considera a paz o “maior ganho público”, enquanto a oposição lembra que a província de Cabinda continua em guerra e o país não tem a paz social que se esperava.
O vice-presidente da Unita Raul Danda afirma não fazer qualquer sentido que o Governo continue a silenciar a guerra que, no enclave de Cabinda, continua a ceifar vidas inocentes.
“O titular do Poder Executivo insiste em não querer dialogar com os cabindas para se chegar a uma solução e insiste na via das armas”, acusou Danda declarando que, apesar da paz militar, o país continua a não conhecer as liberdades democráticas consagradas na Constituição.
Por seu turno, o deputado Manuel Fernandes da Casa-CE considera que a paz vive momentos altos e baixos e acusa o partido no poder de, supostamente, encorajara guerra contra a população de Cabinda.
O parlamentar dissequeo MPLA se valeuda paz relativa para colocar o país a saque e asfixiar a democracia e as liberdades socais.
“Foi dentro deste período em que se registou o maior açambarcamento dos erário público”, denunciou.
Na sua declaração, divulgada por ocasião da data, o MPLArecomendou uma maior atenção ao desempenho dos seus quadros, comtarefas de gestão e “um combate contra a administração económica danosa ou irresponsável nas empresas públicas e à falta de disciplina na execução dos orçamentos afectos aos serviços da Administração Pública central e local”.
Para o partido governamental, apaz concreta e definitiva constitui o maior bem público conquistado, sob a conduçãodoseuPresidente José Eduardo dos Santos, descrito como“o arquitecto da paz”.