Os movimentos sindicais em Angola encontram-se profundamente divididos. As causas são diversas, mas os sindicalistas, apontam alegadas manobras das autoridades no sentido de silenciar as suas vozes e limitar a sua actuação. Negam, entretanto, que só existam para atingirem fins lucrativos.
Nesta edição, Manuel da Vitória Pereira, dirigente nacional do Sindicato dos Professores, afirma que as leis laborais, mesmo que limitativas, continuam a ser postas em prática em Luanda mas, “noutros sítios de Angola é como estivéssemos sob a vigência da Constituição mono-partidária, monolítica, de 1975”.
Para Vitória Pereira, o governo angolano “quando se defronta com as forças sindicais reage de uma forma intolerante e o governo central usa caciques locais, fazendo do nosso sindicato um alvo a abater, tentando estabelecer um clima de intimidação.
Outro sindicalista, o jornalista Teixeira Cândido, admite haver jornalistas “que são partidários e que têm, muitas das vezes, dificuldade em gerir os interesses do sindicato e os do partido” que representam.