Um general norte-americano e altos funcionários visitaram o Níger na terça-feira, 13, para conversações com a junta no poder, renovando os contactos após os líderes do golpe terem destituído o líder eleito, expulsado as forças francesas e se terem aproximado da Rússia.
O general Michael Langley, comandante do Comando Africano dos EUA, fez parte da delegação que visita o Níger, informou o Departamento de Estado.
Numa breve declaração, o Departamento de Estado disse que a delegação dos EUA manterá conversações com a junta sobre "o regresso do Níger a um caminho democrático e o futuro da nossa parceria de segurança e desenvolvimento".
Veja Também Subsecretária de Estado americana em Niamey pede "retorno à ordem constitucional"Os Estados Unidos ainda estacionam cerca de 1.000 soldados no Níger numa base de drones no deserto, construída a um custo de 100 milhões de dólares, embora os movimentos tenham sido limitados desde o golpe e Washington tenha reduzido a assistência ao governo.
O Secretário de Estado Antony Blinken efetuou uma rara visita ao Níger há um ano, na esperança de apoiar Mohamed Bazoum, o presidente eleito e aliado fiel dos esforços de segurança ocidentais contra os jihadistas.
Quatro meses depois, os militares depuseram Bazoum e colocaram-no em prisão domiciliária. A junta militar adotou uma linha dura contra a antiga potência colonial francesa, forçando a retirada das tropas francesas que se encontravam no país há quase uma década.
O exército do Níger, que tem trabalhado em estreita colaboração com os Estados Unidos, não exigiu uma retirada semelhante das forças norte-americanas.
Mas a junta tem procurado cooperar com a Rússia, embora não tenha chegado a abraçar Moscovo como fazem os vizinhos militares Mali e Burkina Faso.
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Também se juntaram à delegação no Níger Molly Phee, a principal funcionária do Departamento de Estado para África, e Celeste Wallander, a secretária adjunta da Defesa para assuntos de segurança internacional.