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Subsecretária de Estado americana em Niamey pede "retorno à ordem constitucional"


Victoria Nuland, subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos
Victoria Nuland, subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos

Victoria Nuland disse ter mantido conversas “extremamente francas e, às vezes, bastante difíceis” com o chefe da Defesa e mais três membros da Junta Militar.

A subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos encontrou-se em Nyamei com membros da Junta Militar, a quem expressou "a grave preocupação com as tentativas antidemocráticas de tomada do poder e pediu o retorno à ordem constitucional”.

Victoria Nuland disse a repórteres ter-se encontrado com o “autoproclamado chefe de Defesa”, Brigadeiro General Moussa Salaou Barmou, e três oficiais militares durante a visita, em que manteve conversas “extremamente francas e, às vezes, bastante difíceis”.

Ela acrescentou que os oficiais militares estão “bastante firmes em como querem proceder”, o que diz não “comportar com a constituição do Níger”.

Nuland acrescentou que os militares recusaram o seu pedido de se encontrar diretamente com o presidente deposto Mohamed Bazoum e família, bem como o líder do golpe, general Abdourahamane Tchiani.

Na segunda-feira, 7, em entrevista à Radio France International, o secretário de estado norte-americano Antony Blinken reiterou que uma solução diplomática “é certamente a forma preferida de resolver esta situação”.

Por outro lado, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) marcou para quinta-feira, 10, uma cimeira extraordinária em Abuja, na Nigéria, para discutir a crise no Níger, depois de os líderes da Junta Militar terem ignorado o prazo dado pela organização de uma semana para devolver o poder ao pPresidente Mohamed Bazoum ou enfrentar uma possível intervenção militar.

Os militares prometeram defender o país e fecharam o espaço aéreo do Níger.

Entretanto, hoje, numa carta enviada à CEDEAO, a que a AFP teve acesso, a Junta Militar informou que não vai receber nenhuma delegação da organização em Niamey por razões de "segurança".

"O actual contexto de cólera e revolta pública na sequência das sanções impostas pela CEDEAO não permite o acolhimento desta delegação nas condições de serenidade e segurança exigidas", diz a nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Níger.

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