Argélia diz que forças especiais desencadearam "assalto final" contra militantes islamitas

Fontes oficiais argelinas dizem que as forças especiais mataram 11 guerrilheiros ligados à rede terrorista al Kaida durante a ofensiva de hoje.
A agência noticiosa argelina, APS, afirma que as forças especiais argelinas desencadearam “um assalto final” contra os fundamentalistas islâmicos que mantêm cativos vários reféns numa refinaria de gás natural.
A APS acrescenta que as forças especiais mataram 11 guerrilheiros ligados à rede terrorista al Kaida durante a ofensiva de hoje. A mesma fonte acrescenta que os raptores mataram 7 reféns estrangeiros. Não é contudo claro se aquele número inclui os 12 argelinos e estrangeiros que já tinham sido dados como mortos.
Entretanto, o secretário da defesa americano, Leon Panetta, afirmou que Washintgton “dará todos os passos necessários” para proteger cidadãos americanos das ameaças de militantes islâmicos na Argélia e em toda aquela região.
Numa entrevista à BBC em Londres, Panetta afirmou que os Estados Unidos ajudarão outros países a impedirem que os militantes islâmicos criem bases na região do Norte de África.
Acrescentou que o objectivo é impedir que a al Kaida desencadeie futuramente ataques terroristas como aquele que se verifica na Argélia onde mais de 130 pessoas foram feitas reféns por militantes islâmicos.
Ontem, em Washington, a secretária de estado americana, Hillary Clinton, afirmou que estava profundamente preocupada com a crise dos reféns e apelou ao governo argelino para fizesse tudo quanto estivesse ao seu alcance para salvar vidas.
Clinton fez tais declarações na sequência de notícias veiculadas pela imprensa estatal argelina de que 12 pessoas, argelinos e estrangeiros, morreram na sequência do assalto do exército argelino contra a refinaria de gás natural onde se encontram os reféns. Entidades oficiais americanas confirmaram entretanto a morte de um cidadão americano.
Clinton considerou ainda a situação como extremamente difícil e perigosa, mas acrescentou que por razões de segurança não podia entrar em mais pormenores.
Anteriormente a agência noticiosa argelina anunciou que cerca de 100 reféns foram libertados e que outros 30 se encontravam ainda cativos.