A pobreza, corrupção e falta de infra-estruturas adequadas continuam a ser a grande preocupação dos ouvintes do “Angola Fala Só” da Voz da América que reconhecem no entanto ter havido um aumento na construção dessas infra-estruturas.
Muitos queixaram-se no entanto que a construção dessas infra-estruturas, como estradas e hospitais é de fraca qualidade ou então não é acompanhada, como no caso dos hospitais, do envio de pessoas especializado.
Durante uma hora a Voz da América manteve um diálogo em microfone aberto com vários ouvintes depois de ter falhado o contacto com aquele que deveria ser o convidado desta semana para o diálogo com os angolanos, nomeadamente o dirigente da FNLA Lucas Ngonda.
A Voz da América desconhece a razão porque falhou o contacto com o dirigente da FNLA já que pouco antes do programa começar tinha sido confirmado o telefone de contacto com aquele dirigente político.
O programa foi assim dedicado a uma conversa com os ouvintes que versou essencialmente a situação nas diversas províncias onde foram contactados.
O ouvinte Basílio Victorino da Lunda-Norte disse que a situação na sua província tinha vindo “a piorar”.
“As estradas estão péssimas, não temos nada,” disse.
“ A maioria dos jovens estão desempregados,” acrescentou.
Andre Kawenha da Lunda-sul disse não haver intolerância política na sua província.
“Os dirigentes da UNITA circulam sem problema e muitos dirigentes do PRS são professores,” disse.
Essa opinião foi compartilhada por outro ouvinte da mesma província, Mihola Vunge.
Contudo um outro ouvinte da Lunda-Sul, João Guedes, não concordou, afirmando que “para se ter emprego é preciso ser do MPLA”.
Guedes disse que a construção de um novo hospital na sua zona não tinha qualquer significado.
“Não tem nada, não tem médico, não tem enfermeiro,” acrescentou.
Pepe Mbonjo do Moxico abordou também a questão da falta de cuidados médicos afirmando que na sua zona doentes tem que ser transportados de bicicleta para a Zâmbia para serem tratados.
Mihola Vunge da Lunda Sul abordou também a questão da corrupção afirmando que os alunos têm que pagar “10.000 ou 15.000 kwanzas aos professores do ensino superior para serem aprovados nos exames finais”.
“Que tipo de quadros se estão a formar?” interrogou.
Vunge disse que muitas das novas infra-estruturas construídas por empresas chinesas não têm qualidade e “são de pouca duração”.
“Tem que haver mais fiscalização da qualidade dessas obras,” disse.
O padre Afonso Mavitidi do Uíge disse que é “vergonhoso” e uma “miséria” o estado de pobreza da província e a falta de estradas.
“ A situação não vai para a frente nem para trás,” disse o Padre Mavitidi.
“Peço aos nossos governantes que ouçam o nosso grito,” acrescentou.
Vários dos ouvintes referiram-se também á questão dos veteranos das forças armadas que não recebem os subsídios ou reforma a que têm.
Um dos ouvintes era um veterano da batalha do Cuito Cuanavale.
“Os que combateram connosco no Cuito Canavale, os cubanos, os da Namibia recebem o que lhes é prometido mas nós não,” disse..
O ouvinte, Andre Kawenha da Lunda Sul também se referiu ao problema dos veteranos.
“Os militares desmobilizados estão a passar mal,” disse Kawenha que acrescentou que ninguém em Angola quer ver o país cair na situação semelhante à República Democrática do Congo ou da República centro Africana.
“Apelo ao general Kopelika que ouça este meu grito,” disse Kawaenha numa referência ao chefe da casa Militar da presidência da república.
Talvez o ouvinte mais critico do governo tenha sido Samuel Puati de Cabinda que disse quer toda a riqueza desse território “é só para o governo do MPLA, para os governantes”.
“os que estão no poder só cuidam com aquilo que é deles,” acrescentou acusando tropas governamentais de arbitrariedades e brutalidade.
“Há paz ou não em cabinda?” Interrogou para acrescentar: “O MPLA é como era no passado o colono”.
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Muitos queixaram-se no entanto que a construção dessas infra-estruturas, como estradas e hospitais é de fraca qualidade ou então não é acompanhada, como no caso dos hospitais, do envio de pessoas especializado.
Durante uma hora a Voz da América manteve um diálogo em microfone aberto com vários ouvintes depois de ter falhado o contacto com aquele que deveria ser o convidado desta semana para o diálogo com os angolanos, nomeadamente o dirigente da FNLA Lucas Ngonda.
A Voz da América desconhece a razão porque falhou o contacto com o dirigente da FNLA já que pouco antes do programa começar tinha sido confirmado o telefone de contacto com aquele dirigente político.
O programa foi assim dedicado a uma conversa com os ouvintes que versou essencialmente a situação nas diversas províncias onde foram contactados.
O ouvinte Basílio Victorino da Lunda-Norte disse que a situação na sua província tinha vindo “a piorar”.
“As estradas estão péssimas, não temos nada,” disse.
“ A maioria dos jovens estão desempregados,” acrescentou.
Andre Kawenha da Lunda-sul disse não haver intolerância política na sua província.
“Os dirigentes da UNITA circulam sem problema e muitos dirigentes do PRS são professores,” disse.
Essa opinião foi compartilhada por outro ouvinte da mesma província, Mihola Vunge.
Contudo um outro ouvinte da Lunda-Sul, João Guedes, não concordou, afirmando que “para se ter emprego é preciso ser do MPLA”.
Guedes disse que a construção de um novo hospital na sua zona não tinha qualquer significado.
“Não tem nada, não tem médico, não tem enfermeiro,” acrescentou.
Pepe Mbonjo do Moxico abordou também a questão da falta de cuidados médicos afirmando que na sua zona doentes tem que ser transportados de bicicleta para a Zâmbia para serem tratados.
Mihola Vunge da Lunda Sul abordou também a questão da corrupção afirmando que os alunos têm que pagar “10.000 ou 15.000 kwanzas aos professores do ensino superior para serem aprovados nos exames finais”.
“Que tipo de quadros se estão a formar?” interrogou.
Vunge disse que muitas das novas infra-estruturas construídas por empresas chinesas não têm qualidade e “são de pouca duração”.
“Tem que haver mais fiscalização da qualidade dessas obras,” disse.
O padre Afonso Mavitidi do Uíge disse que é “vergonhoso” e uma “miséria” o estado de pobreza da província e a falta de estradas.
“ A situação não vai para a frente nem para trás,” disse o Padre Mavitidi.
“Peço aos nossos governantes que ouçam o nosso grito,” acrescentou.
Vários dos ouvintes referiram-se também á questão dos veteranos das forças armadas que não recebem os subsídios ou reforma a que têm.
Um dos ouvintes era um veterano da batalha do Cuito Cuanavale.
“Os que combateram connosco no Cuito Canavale, os cubanos, os da Namibia recebem o que lhes é prometido mas nós não,” disse..
O ouvinte, Andre Kawenha da Lunda Sul também se referiu ao problema dos veteranos.
“Os militares desmobilizados estão a passar mal,” disse Kawenha que acrescentou que ninguém em Angola quer ver o país cair na situação semelhante à República Democrática do Congo ou da República centro Africana.
“Apelo ao general Kopelika que ouça este meu grito,” disse Kawaenha numa referência ao chefe da casa Militar da presidência da república.
Talvez o ouvinte mais critico do governo tenha sido Samuel Puati de Cabinda que disse quer toda a riqueza desse território “é só para o governo do MPLA, para os governantes”.
“os que estão no poder só cuidam com aquilo que é deles,” acrescentou acusando tropas governamentais de arbitrariedades e brutalidade.
“Há paz ou não em cabinda?” Interrogou para acrescentar: “O MPLA é como era no passado o colono”.
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