Mokhtar Belmokhtar era um dos comandantes da AQMI - al-Qaida do Magreb Islâmico - até ao ano passado e é seu projecto levar a jihad para lá dos limites do Sahara
BAMAKO —
Um novo grupo afiliado a al-Qaida e que diz chamar-se de “Assinantes pelo Sangue” assaltou uma refinaria de gás da BP, na Argélia, tendo feito dezenas de reféns estrangeiros para além de um número não especificado de argelinos.
O grupo militante afirmou que a sua acção era uma represália contra o governo argelino pelo apoio dado a operação militar francesa contra rebeldes islâmicos no norte do Mali.
O líder do grupo “Assinantes pelo Sangue” que assumiu o controlo da refinaria da BP no sul da Argélia na Quarta-feira, faz parte da lista de radicais islâmicos mais procurados na região há vários anos.
Mokhtar Belmokhtar é um antigo comandante da al-Qaida no Magreb Islâmico – AQMI, um grupo activo desde 2007 no norte do Mali altura em que uma equipa de salafistas sedeados na Argélia decidiu oficialmente juntar-se a al-Qaida. Belmokhtar separou-se da AQIM em Dezembro do ano passado com o objectivo de disseminar a jihad para lá da região do Sahara.
Andrew Lebovich um especialista em segurança e residente em Dacar disse haver indicações de que esse novo batalhão de combatentes é o núcleo de homens fiéis a Belmokhtar e sob comando da AQMI – o famoso “Batalhão de Mascarados”. O grupo mantem uma forte ligação com os militantes islâmicos que actualmente combatem contra as forças francesas e malianas nas regiões do norte e centro do Mali.
“Existem provavelmente diferenças pessoais entre alguns desses líderes mas essa fragmentação, essa separação que conduz a criação de grupos parece ser uma forma de gerir essas diferenças, isso enquanto se vão mantendo uniformes as suas acções.”
Belmokhtar está ligado a dezenas de raptos e pedidos de resgates assim como de negociações de reféns na região do Sahel nos últimos 10 anos. É também conhecido sob a alcunha de “Nunca apanhado” ou ainda do “Senhor Marlboro” por causa do seu envolvimento no contrabando de cigarro no Sahel.
Apesar de toda a sua actividade criminal, especialistas em segurança, tais como Andrew Lebovich, afirmam que Belmokhtar é um jihadista endurecido, treinado pela al-Qaida no Afeganistão e altamente envolvido nos grupos de jihadistas argelinos iniciados em 1993.
“Ele é conhecido como um sobrevivente, um negociador e por ser muito astucioso. As pessoas esquecem que ele tem uma excepcional ascendência jihadista. Ele viajou para o Afeganistão quando tinha 17 anos, onde perdeu um dos olhos. Ele lutou no início com a GIA – Grupo Islamico Armado. Foi um dos primeiros a juntar-se a GSPC, foi comandante e talvez ainda da AQIM, isso dependendo de como estão definidas as suas estruturas. Portanto, é um homem que está no activo há mais de 20 anos.”
O grupo “Assinantes de Sangue” disse anteontem a imprensa mauritaniana que a tomada de reféns foi uma resposta a Argélia ter permitido que a França use o seu espaço aéreo para conduzir ataques aéreos no norte do Mali contra grupos de milícias islâmicas.
A França deu início na Sexta-feira passada aos bombardeamentos no Mali ao pedido do governo maliano, depois dos combatentes jihadistas iniciarem o avanço em direcção ao sul.
O grupo militante afirmou que a sua acção era uma represália contra o governo argelino pelo apoio dado a operação militar francesa contra rebeldes islâmicos no norte do Mali.
O líder do grupo “Assinantes pelo Sangue” que assumiu o controlo da refinaria da BP no sul da Argélia na Quarta-feira, faz parte da lista de radicais islâmicos mais procurados na região há vários anos.
Mokhtar Belmokhtar é um antigo comandante da al-Qaida no Magreb Islâmico – AQMI, um grupo activo desde 2007 no norte do Mali altura em que uma equipa de salafistas sedeados na Argélia decidiu oficialmente juntar-se a al-Qaida. Belmokhtar separou-se da AQIM em Dezembro do ano passado com o objectivo de disseminar a jihad para lá da região do Sahara.
Andrew Lebovich um especialista em segurança e residente em Dacar disse haver indicações de que esse novo batalhão de combatentes é o núcleo de homens fiéis a Belmokhtar e sob comando da AQMI – o famoso “Batalhão de Mascarados”. O grupo mantem uma forte ligação com os militantes islâmicos que actualmente combatem contra as forças francesas e malianas nas regiões do norte e centro do Mali.
“Existem provavelmente diferenças pessoais entre alguns desses líderes mas essa fragmentação, essa separação que conduz a criação de grupos parece ser uma forma de gerir essas diferenças, isso enquanto se vão mantendo uniformes as suas acções.”
Belmokhtar está ligado a dezenas de raptos e pedidos de resgates assim como de negociações de reféns na região do Sahel nos últimos 10 anos. É também conhecido sob a alcunha de “Nunca apanhado” ou ainda do “Senhor Marlboro” por causa do seu envolvimento no contrabando de cigarro no Sahel.
Apesar de toda a sua actividade criminal, especialistas em segurança, tais como Andrew Lebovich, afirmam que Belmokhtar é um jihadista endurecido, treinado pela al-Qaida no Afeganistão e altamente envolvido nos grupos de jihadistas argelinos iniciados em 1993.
“Ele é conhecido como um sobrevivente, um negociador e por ser muito astucioso. As pessoas esquecem que ele tem uma excepcional ascendência jihadista. Ele viajou para o Afeganistão quando tinha 17 anos, onde perdeu um dos olhos. Ele lutou no início com a GIA – Grupo Islamico Armado. Foi um dos primeiros a juntar-se a GSPC, foi comandante e talvez ainda da AQIM, isso dependendo de como estão definidas as suas estruturas. Portanto, é um homem que está no activo há mais de 20 anos.”
O grupo “Assinantes de Sangue” disse anteontem a imprensa mauritaniana que a tomada de reféns foi uma resposta a Argélia ter permitido que a França use o seu espaço aéreo para conduzir ataques aéreos no norte do Mali contra grupos de milícias islâmicas.
A França deu início na Sexta-feira passada aos bombardeamentos no Mali ao pedido do governo maliano, depois dos combatentes jihadistas iniciarem o avanço em direcção ao sul.