Na África do Sul, os danos da vandalização de edifícios de ensino publico, incluindo mobiliário e equipamento informático, ultrapassam 600 mil dólares, em apenas duas semanas.
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Mais de 24 escolas primárias e secundárias, na província do Limpopo; e um anfiteatro da Universidade de Joanesburgo foram destruídos a fogo posto, prejudicando mais de 60 mil estudantes.
Mais de 20 pessoas foram detidas pela polícia, incluindo um líder do ANC.
Entretanto, membros do partido dos Combatentes pela Liberdade Económica (EFF), de Julius Malema, foram suspensos do parlamento sul-africano por um período de cinco dias, na sequencia da violência protagonizada na sessão de perguntas e respostas ao Presidente Jacob Zuma sobre a governação do pais.
Os deputados do do EFF, terceiro maior partido depois do ANC e da Aliança Democrática, não querem ver o Presidente Zuma no parlamento, sobretudo depois do veredicto do Tribunal Constitucional, que considera Zuma como tendo violado a constituição no caso das obras da sua residência particular de Nkandla.
O jornalista sul-africano, Charles Khumalo, diz que o partido do jovem Julius Malema está a perpetuar o legado da violência com consequências negativas a longo prazo na sociedade.
Charles Khumalo, tido como menos simpático para com Jacob Zuma por causa de vários escândalos sexuais e financeiros, considera que o pais não tem liderança depois de Thabo Mbeki e de Nelson Mandela.
Sob a liderança de Jacob Zuma desde 2009, África do Sul caiu do primeiro para o terceiro lugar como economia mais poderosa do continente africano, atrás da Nigéria e Egipto.
Esta semana, o moeda sul-africana, está a tremer na sequência de notícias de que o Ministro das Finanças, Pravin Gordhan, poderá ser detido a qualquer momento pela unidade especial da Policia por ter criado uma equipa de investigação de corrupção no departamento das alfandegas há mais de sete anos.
Em Dezembro de 2015, Jacob Zuma criou furor ao demitir o respeitado Nhlanhla Nene do cargo de Ministro das Finanças, trazendo o militante menos conhecido do ANC, David van Rooyen, para o posto, alegadamente por recomendação dos seus amigos da família milionária Gupta.
O EFF denunciou a influência dos Gupta no governo de Zuma.
Os principais bancos comerciais fecharam as contas dos Gupta e a oposição tentou sem sucesso a destituição do Presidente Zuma no Parlamento.
O ANC ficou dividido - há militantes que apoiam e outros que são contra Zuma. A situação fragiliza o partido à porta das eleições municipais de Agosto.
Sondagens de opinião indicam que este partido poderá perder Pretoria e Joanesburgo.