O advogado da família do estudante Inocêncio de Matos, morto numa manifestação em novembro em Luanda, soliticiou que a investigação seja transferida do Serviço de Investigacão Criminal (SIC) para a Procuradoria-Geral da República.
Zola Bambi, diz não ter confiança na SIC.
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Inocêncio de Matos morreu na manifestação a 11 de Novembro e a SIC deveria investigar o caso, mas Bambi disse que tanto a família como ele próprio não concordam que se “levasse o processo da forma como estava a ser levado no SIC”.
O advogado não deu pormenores do documento solicitando essa mudança mas acrescentou que “nós não confiamos pela forma como o SIC estava a levar as investigações sem qualquer rigor”.
Há pouco tempo, os pais deram entrada também com uma acção cível e outra criminal, que ainda não tiveram qualquer desenvolvimento.
Aquando da manifestação, a polícia disse que Matos morreu quando caiu no momento em que era perseguido pelos agentes, mas há acusações que o estudante foi brutalmente espancado, o que resultou na sua morte.
Alfredo de Matos, pai de Inocêncio de Matos, afirma que mesmo depois de a família formalizar um processo cível no Tribunal Provincial Dona Ana Joaquina e um processo-crime junto da Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP) da Procuradoria Geral da República (PGR) de Angola para a competente investigação, ainda não foi chamada para as devidas investigações.
“Matam-se inocentes e negam-lhes a justiça”, acrescentou Matos, para afirmar ainda que “a única coisa que pedimos é que se faça justiça” .
Até ao momento, a defesa não teve acesso ao relatório da autópsia realizada ao corpo de Inocêncio de Matos.
Nas duas participações, os advogados exigem a responsabilização do Estado angolano pela morte do estudante de 26 anos de idade.