O advogado e activista de Cabinda Arão Tempo foi impedido de sair do enclave para participar num colóquio em Benguela sobre “auto-determinação e autarquias”, organizado pela associação angolana de defesa dos direitos humanos, Omunga.
José Patrocínio, da Omunga, disse à VOA que Tempo foi convocado aos escritórios do sub-procurador da república em Cabinda, António Nito, que informou o advogado que não podia participar em nenhuma actividade, reunião ou encontro que não fosse para além da sua área de trabalho.
Tempo, recorde-se, foi recentemente preso e aguarda julgamento em liberdade por alegadas actividades contra a segurança do Estado.
Arão Tempo pretendeia fazer-se acompanhar da esposa do activista José Marcos Mavungo que está preso há mais de três meses sem julgamento.
Patrocínio afirmou que depois do encontro com o sub-procurador foi feita uma alteração aos planos de viagem para o mesmo dia à noite, mas que quando Arão Tempo chegou ao aeroporto foi impedido de embarcar por um dispositivo policial.
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“De acordo com a conversa que tivemos com Arão Tempo, ele telefonou ao subprocurador e este garantiu que tinha sido ele a dar ordens para imnpedir a deslocação porque ele iria participar numa actividade que não tinha nada a ver com questões laborais”, disse Patrocínio.
A esposa de Mavungo seguiu para Benguela onde vai participar no colóquio