Activistas guineenses entrevistados pela VOA dizem que o seu país não está em plena democracia e alguns denunciam violações dos direitos civis.
O estágio da democracia na Guiné-Bissau está aquém do desejado, indicam relatórios internacionais. Se, em 2021, o The Economist Inteligence Unit colocava como o pior classificado nos PALOP’s, a organização norte-americana, Freedom House, concluiu que é um país "parcialmente livre" em relação aos direitos políticos e liberdades civis.
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Sumaila Djaló, professor e activista guineense, diz isso result ana falta de serviços básicos para os mais desfavorecidois.
“As escolas públicas, onde estuda a maioria da população, se encontram de portas fechadas, há três anos; o sistema de saúde está profundamente disfuncional”, diz Djaló.
Veja Também Democracia em Moçambique: Estamos a caminhar para uma verdadeira ditadura - diz juristaEle acrecenta que “temos um país onde as liberdades democráticas estão profundamente ameaçadas, se não eliminadas; uma rádio é destruída, por duas vezes, em menos de dois anos; um país em que as liberdades de expressão, de opinião e de manifestação, estão completamente impedidas ou eliminadas”.
Regime hostil
Outra avaliação vem do vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, para quem “os sucessivos poderes, incluindo o actual, têm utilizado as vias democráticas para ascenderem ao poder, mas de um momento para outro transformam-se nos piores inimigos da democracia”.
Continuando, Turé afirma que “ actualmente temos um regime claramente hostil ao princípio da separação do poder. prova disso, cada vez mais estamos a assistir o desmoronamento dos alicerces da democracia; cada vez mais estamos assistir a substituição das leis às vontades dos chefes e cada vez mais estamos a assistir a recusa sistemática do cumprimento das decisões judiciais”.
O dirigente da Liga diz, por outro lado, ciontibuiu para o cenário “a ausência de líderes preparados e que encarnam a democracia como um valor e um princípio estruturante, através do qual, é possível alcançar a paz e o bem estar das populações”.
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