Alguns dos 77 activistas e próximos do Movimento Independentista de Cabinda (MIC) com prisão formalizada naquela província angolana estão em greve de fome e outros pediram às famílias para não os visitarem nem levarem alimentos.
Your browser doesn’t support HTML5
Detidos quando se preparavam para marchar por ocasião de mais um aniversário do Tratado de Simulambuco, a 1 de Fevereiro, eles entraram na segunda semana de protesto pelas prisões que consideram ilegais.
Um dos advogados dos activistas, Arão Tempo, disse à VOA que “estão muito debilitados fisicamente e dois deles já desmaiaram”.
"Dois deles desmaiaram tal é o estado de debilidade em que se encontram por causa da greve de fome que observam e até agora não se conhecem as reais razões das detenções", acrescentou tempo.
Para além da greve de fome, o activista cívico Alexandre Fernandes diz que “não querem receber visitas para não caírem em tentação, por isso eles preferem não receber a visita de ninguém".
O Ministério Público acusa os activistas e familiares detidos dos crimes de associação criminosa, rebelião, ultraje ao Estado e resistência, o que para o advogado Arão Tempo “constitui um absurdo e uma autêntica aberração”, apenas porque eles queriam manifestar-se.
Além das 72 prisões formalizadas, há informações de haver mais quatro pessoas detidas.