Eleições reflectem fragmentação que pode paralisar política americana

John Boehner, líder republicano na Câmara dos Representantes

Frank de Sousa, da Universidade de Massachusetts, não vê dispinibilidade para consenso entre o Partido Democrático, de Barack Obama e o Partido Republicano.
Os resultados das eleições que reconduziram Barack Obama na presidência dos Estados Unidos, mas deixaram os seus adversários republicanos em maioria na Câmara dos Representantes, prenuncia a continuação do impasse político dos últimos dois anos.

Desde que a ala radical do Partido Republicano (designada como Tea Party) alcançou quase 20% dos lugares na Câmara, deixou de ser possívell governar por consenso - uma tradição americana.

Frank de Sousa, director do Centro de Estudos Portugueses da Universidade de Massachusetts, acredita que o impasse vai prosseguir.

"Não ouvi nada nos discursos de ontem (terça-feira) à noite", indicando que as duas partes estão preparadas para dialogar, disse de Sousa, numa entrevista à Voz da América.

O académico disse esperar que as pessoas noutros países compreendam que as visões dos dois partidos sobre o futuro dos Estados Unidos são mesmo "muito diferentes".

E, sem espaço para compromisso, existe a possibilidade de "paralisia dos sistema político" embora manifeste a esperança de que não seja total.

Os dirigentes Republicanos na Câmara dos Representantes e no Senado disseram que o seu partido também venceu as eleições sustentam que se o Presidente quer diálogo é a ele que compete procurar o diálogo.