Presidente sul-africano expressa confiança por entre retrocessos

Joel Gisler dari Swiss meloncat di udara saat berlatih freestyle ski nomor halfpipe di Taman Rosa Khutor, 17 Februari 2014.

O presidente sul-Africano, Jacob Zuma, afirma que a nação está bem apesar de ter um dos países com a maior diferença de rendimentos e de ter sofrido uma série de greves ilegais que degeneraram em violência.
Exibindo um ar de grande confiança, Jacob Zuma afirmou que há desenvolvimentos positivos que estão a melhorar a vida de milhões de sul-africanos empobrecidos e afirmou-se optimista quanto ao futuro da África do Sul.

No final do ano tem lugar uma grande conferência do partido no poder, o Congresso Nacional Africano (ANC), e Zuma está atarefado a fazer campanha para se manter na presidência do partido. Mas quem quer que seja o escolhido em Dezembro para liderar o ANC será o escolhido para candidato à presidência na eleição de 2014.

Zuma falou de desenvolvimentos em todos os sectores: “Ao longo dos últimos 18 anos consolidámos a democracia e construímos instituições de estado fortes nos ramos executivo, judicial e legislativo para avançarmos na transformação. Alargamos a oferta de serviços de água, electricidade, cuidados sanitários, estradas, cuidados de saúde a milhões que antes não tinham acesso a esses serviços.”

Zuma falou também em tom positivo de um dos maiores sucessos da sua presidência: a campanha alargada contra o HIV. A política de Zuma baseada na ciência contradiz a política adoptada pelo antigo presidente Thabo Mbeki. Um ministro da saúde de Mbeki defendia que os doentes da SIDA deviam ingerir alho e raízes de beterraba em vez de tomarem anti-retrovirais.

Mas Zuma lamentou a recente onda de violentas greves que considerou um retrocesso. Em Agosto, os mineiros da mina de platina Lonmin, em Marikana, lançaram uma greve ilegal que deixou pelo menos 46 mortos. No principal incidente de violência relacionado com esta greve, a polícia matou 34 grevistas. A polícia afirma ter disparado em autodefesa. Zuma ordenou uma investigação.
Os acontecimentos amedrontaram os investidores depois das companhias mineiras terem perdido milhões de dólares.

O presidente Zuma afirma que os efeitos foram um choque, mas que não abanarão as fundações da nação. “A África do Sul não está numa juntura critica. Penso que há um total mal-entendido sobre o ponto em que se encontra a África do Sul. Penso que a África do Sul está a mover-se para a frente, a progredir. Tivemos este desastre de Marikana e todos aceitamos essa realidade. Foi um choque, uma surpresa para todos, não esperávamos que isto se passasse.”

Zuma acredita que a sua presidência não está numa encruzilhada, apesar dos retrocessos pessoais e políticos e da crescente competição política.

Em anos anteriores foi julgado, em separado, por assalto sexual e corrupção. Foi ilibado no caso da violação sexual e as acusações de corrupção foram retiradas.
Mas a sombra das alegações de corrupção perseguem-no e nunca desapareceram. A imprensa local noticiou recentemente um violento argumento sobre o alegado uso, por Zuma, de 24 milhões de dólares dos fundos do estado para pagar a renovação da sua mansão rural. Por isso, Zuma poderá fazer face a uma investigação oficial.

Também tem sido alvo de várias batalhas judiciais, bastante públicas, sobre sátira artística usando a sua imagem para passar mensagens sobre corrupção governamental – o que levanta questões sobre a liberdade de expressão sob a sua liderança do ANC.

O presidente retirou um processo em que pedia 600 mil dólares a um cartoonista político conhecido por Zapiro, por uma banda desenha de 2008 retratando Zuma a preparar-se para violar a (imagem da) Sra. Justiça.

O cartoonista, Jonathan Shapiro, respondeu, naturalmente, com mais uma banda desenhada com o título “Já Terminamos?”

Uma questão que muitos dos críticos de Zuma se fazem tendo no horizonte próximo a conferência nacional do ANC.