O Zimbabwe procura o apoio de seus vizinhos para se envolver no comércio internacional do marfim, disse, hoje a ministra do Ambiente.
A Reuters escreve que Oppah Muchinguri-Kashiri disse a diplomatas da SADC em Harare, a capital, que o seu país não pretende queimar a sua reserva de 70 toneladas de marfim tal como fez mês passado o Quénia.
Naquela região, além do Zimbabwe, a Namíbia pretende participar no comércio internacional do marfim contrariando a iniciativa liderada pelo Quénia de banimento global da venda do produto.
Muchinguri-Kashiri espera o apoio de diplomatas na reunião das Nações Unidas sobre o comércio de espécies protegidas, em Setembro.
Para Muchinguri-Kashiri, o banimento do comércio do marfim não irá resolver o problema da caça furtiva.
Ela usou como exemplo o facto de a população de rinocerontes ter permanecido sob ameaça 40 anos após o comércio de seus cornos ter sido proibido.
"Não há evidência tangível de que o banimento do comércio alguma vez evitou a extinção das espécies”, disse a ministra que defende a união dos países da SADC no uso sustentável dos recursos naturais.
Ela sublinhou que “para nós, queimar (o marfim) não é uma opção, precisamos de recursos para a preservação sustentável dos animais selvagens”.
O embaixador da República Democrática do Congo, Mwampanga Mwana Nanga, é citado pela Reuters afirmando no encontro que o seu país apoiava a proposta de Harare.
O valor comercial das 70 toneladas de marfim do Zimbabwe é de 35 milhões de dólares americanos, o que o governo considera vital para a protecção dos seus 83 mil elefantes.