Só nos últimos cinco anos, Moçambique perdeu nove mil e 700 elefantes e, por dia, são abatidos uma média de seis.
A caça é feita por grupos ilegais de nacionais e estrangeiros que pertencem a redes criminosas bem organizadas.
Carlos Lopes Pereira, chefe do Departamento de Fiscalização da Administração Nacional das Áreas de Conservação (Anac), diz que, mais grave ainda, é que, nos ultimos tempos, "os caçadores furtivos estão a usar uma outra técnica: envenenamento".
Os elefantes são abatidos por causa do marfim que tem como destino final a Ásia, onde é comercializado a preços muito altos.
Pereira alerta que se nada for feito com urgência, Moçambique corre o risco de ficar sem elefantes num futuro não muito distante.
E, não menos grave, acrescenta ainda o ambientalista, é a situação dos rinocerontes, cuja média de abate diário é de três.
Para aquele responsável, a única forma de acabar com estas matanças do elefante e do rinoceronte é apostando prevenção, detecção e punição exemplar dos que praticam esse tipo de crime, principalmente os mandantes, sendo, nesse contexto, necessária a alteração do actual quadro legal existente.