Nos Estados Unidos os líderes republicanos do Congresso prometeram acções rápidas quando Donald Trump assumir a presidência no ano que vem enquanto os democratas não escondem o seu desagrado pelas primeiras escolhas da nova equipa da Casa Branca.
Manifestações estudantis contra o Presidente eleito, Trump, chegaram ao Capitólio onde Paul Ryan foi nomeado para mais um mandato como presidente da Câmara dos Representantes.
“Bem-vindos à aurora de um governo republicano unificado. Agrada-me dizer isso. Será um governo apostado em tornar a vitória do Presidente eleito, Trump, em progressos reais para o povo americano. Estamos entusiasmados”, disse Paul Ryan.
Os republicanos querem baixar os impostos, acabar com grande parte da legislação de saúde do Presidente Obama e cortar as regulamentações na economia. Congratulam-se também por ser Trump e não a democrata Hillary Clinton a escolher o próximo juis do supremo tribunal.
“Agiremos rapidamente assim que for feita a nomeação”, reforçou o presidente da Câmara dos Representantes.
Entretanto, os democratas ficaram horrorizados com a seleção de Steve Bannon para conselheiro político de Trump. Bannon tem uma página na Internet defendendo o nacionalismo branco e atacando minorias.
“Trata-se de alguém que expressou pontos de vista racistas, sexistas, anti-semiticos e anti-homossexuais. Alguém com essas posições não deve estar na Casa Branca”, disse Debie Stabenow, cidadã americana que participou de protestos anti-Trump.
Na mesma posição está o legislador democrata Harry Reid, referindo que “enquanto um defensor da divisão racial estiver a um passo da sala oval será impossível levar a sério os esforços de Trump para unir a nação.”
Os republicanos dizem que Trump tem o direito de escolher a sua equipa: “Tivemos uma eleição. O povo americano votou e escolheu o seu próximo Presidente”, defendeu o legislador republicano John Cornyn.
Os protestos contra Trump não parecem diminuir entretanto e Olaedo Ukeekwe está entre os manifestantes. Para ela a preocupação prende-se com a "construção de um muro, com aquilo que (Trump) quer fazer ao sistema de saúde e com aquilo que o nosso país se vai tornar nos próximos 4 anos”.
Os republicanos debatem-se contudo sobre se Trump vai prosseguir ou parar com o furor polarizador que o fez eleger. Esse furor poderia travar a sua carregada agenda legislativa depois da sua tomada de posse.