Analistas abordam o setor das pescas em Angola com preocupação e há receio de falência das empresas. Para falar sobre o assunto, ouvimos a diretora Nacional da Fiscalização Pesqueira, Maria Matos, o empresário Eugénio Clemente e o economista Maurício Nguelessi.
O ambiente de negócios em Angola continua marcado por uma profunda crise económica que está a afetar várias empresas e as famílias procuram, como podem, encontrar formas de sobreviver a mais este período de muita incerteza, a julgar pelos indicadores já avançados pelas autoridades angolanas.
O setor das pescas, tido como fundamental para atender as necessidades básicas da população, também passa por uma fase de crise, como revelaram os operadores desse ramo de atividade empresarial, que apontam os baixos índices de captura e a previsão de falência de muitas companhias, caso a situação prevaleça.
A causa principal, segundo apontam os empresários, tem que ver com o excesso de arrastões que fizeram uma captura não controlada, abortando a captura de algumas espécies.
Uma outra situação que é denunciada pela classe de investidores nacionais no setor das pescas, está relacionada com a concorrência desleal e ausência de subvenção dos combustíveis para embarcações de grande porte.
É também no setor das pescas em Angola onde os conflitos de interesse entre as pessoas politicamente expostas disputam a exploração do negócio com os empresários vocacionados para o efeito, para além das embarcações tripuladas por cidadãos chineses, frequentemente acusados de estarem envolvidos na pesca por arrasto e serem “testas de ferro” dos governantes.
Maria Matos, diretora Nacional da Fiscalização Pesqueira, fala da pesca de espécies não autorizadas em período de veda e acusa algumas embarcações que estão alegadamente a violar esta fase de captura.
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