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Vice-presidente da UNITA acusa adversários internos de "golpismo"


Abel Chivukuvuku é um dos contestatários internos de Isaias Samakuva que o vice-presidente da UNITA, Ernesto Mulato, descreve como "golpistas".
Abel Chivukuvuku é um dos contestatários internos de Isaias Samakuva que o vice-presidente da UNITA, Ernesto Mulato, descreve como "golpistas".

Contestação ao presidente da UNITA "é uma posição que tem por detrás outras ideias veladas", diz Ernesto Mulato

O vice–presidente da UNITA, Ernesto Mulato, considerou "golpista" a posição de um grupo de militantes que apresentou um memorando exigindo a demissão do presidente do partido, Isaías Samakuva.

O grupo de militantes de que se destacam Abel Chivukuvuku e Paulo Lukamba Gato, alegam que o presidente da UNITA está a violar os estatutos do partido ao não convocar um congresso depois do seu mandato ter terminado no dia 22 deste mês.

Paulo Lukamba Gato é um dirigente histórico da UNITA que advoga o afastamento de Samakuva, por cessação de mandato.
Paulo Lukamba Gato é um dirigente histórico da UNITA que advoga o afastamento de Samakuva, por cessação de mandato.

Mas o vice–presidente do Galo Negro diz que as coisas não são bem assim e acusa os reivindicadores de terem razões inconfessas por detrás das reivindicações apresentadas.

"Eles falam de democracia, mas querem desautorizar a Comisão Política. E agora exigem uma Comissão de Gestão. Comissão de Gestão porquê?" interroga-se Mulato, proseguindo: que esta "é uma posição que tem por detrás outras ideias veladas" que vem distrair as atenções do debate sobre o pacote legislativo eleitoral.

Ernesto Mulato acusou ainda o grupo dos reivindicadores de estarem a ser manipulados por uma mão invisível que pretende fragilizar os partidos políticos em Angola.

"Há uma mão externa, que nós sabemos que está a empurrar todos os partidos e que nós não podemos aceitar", disse o vice.presidente da UNITA, sem se referir, especirficamente,a nenhuma entidade externa.

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