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Boko Haram: O islâmismo radical da Nigéria


Mercado em Maiduguri, Nigeria., zona de inplatação da Boko Haram
Mercado em Maiduguri, Nigeria., zona de inplatação da Boko Haram

Organização reflecte divisões religiosas e étnicas na Nigeria de profundas raízes históricas

Um suspeito militante da organização islâmica nigeriana Boko Haram morreu Quarta-feira durante um tiroteio com forças militares.

O tiroteio deu-se na zona de Maiduguri, uma área de implantação da Boko Haram uma organização que nasceu nos anos de 1960 mas que conheceu o seu grande ímpeto a partir do ano 2000 sob a liderança de Mohammed Yusuf.

O nome oficial da organização é Jama´tu Ahlis Sunna Lidda´awati wal-Jihad ou seja “Pessoas Empenhadas na Propagação dos Ensinamentos do Profeta e na Guerra Santa” mas em 2002 residentes da zona de Maiduguri apelidaram a organização de Boko Haram.

“Boko” vem da palavra inglesa “book” (livro) e “haram” é a palavra Árabe para pecado ou seja figurativamente a educação ocidental ou não islâmica é pecado.

A organização opõe-se com efeito não só à educação ocidental mas a todos os aspectos da cultura ocidental e também à ciência moderna. Por exemplo em 1969 Yusuf declarou que afirmar que a terra é uma esfera é contrário aos ensinamentos do Islão e como tal essa noção deveria ser rejeitada.


Os seguidores da Boko Harem interpretam literalmente a frase do Corão que diz que “qualquer pessoa que não é governada pelo que Alá revelou faz parte dos transgressores”.

A Boko Haram promove assim uma versão do islão que considera de “haram” ou proibido aos muçulmanos participar em qualquer actividade social ou política associada com a sociedade ocidental. Isso inclui a realização de eleições e a educação secular.

Este ano a organização tem levado a cabo ataques mortíferos na Nigéria não só contra instituições do estado mas também contra igrejas cristãs e instituições de educação. A Universidade de Maiduguri por exemplo encerrou no inicio de Julho devido a preocupações com a segurança do seu pessoal e estudantes.

Pode ouvir a nossa Agenda Africana sobre a questão clicando no canto superior direito desta página.

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