Os adversários do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, irão realizar uma greve nacional de dois dias a partir desta quarta-feira, no que é o último esforço para pressioná-lo a abandonar a eleição do fim-de-semana para formar uma Assembleia Constituinte.
A Reuters reporta que milhões de pessoas participaram numa greve de 24 horas na última semana. As empresas fecharam as portas, famílias permaneceram dentro de casa e ruas foram fechadas ou ficaram vazias em várias partes da Venezuela.
"A partir de 6:00 horas amanhã (no horário local), nós vamos paralisar o país", disse o parlamentar de oposição e activista Juan Requesens. "Nós mostraremos a Nicolás Maduro e ao seu grupo que não há amor para eles em nenhum lugar na Venezuela ou no mundo".
A oposição, que tem apoio maoritário após anos na sombra do Partido Socialista durante o mandato do predecessor de Maduro, Hugo Chávez, diz que a Assembleia Constituinte planeada pelo presidente é uma farsa, elaborada somente para mantê-lo no poder.
O presidente, de 54 anos, insiste que a votação de domingo acontecerá, apesar de intensa pressão no país e no exterior, incluindo uma ameaça de sanções económicas pelos Estados Unidos.