É impossível acabar com os vendedores de rua em Luanda devido à realidade económica e educacional de Angola, disse José Cassoma, presidente da Associação de Vendedores Ambulante de Luanda (AVAL).
Cassoma reagia a declarações do novo governador da província de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho, que ordenou recentemente ser urgente o fim da venda ambulante nas ruas da capital, tendo classificado como inadmissível a situação que se vem registando nos últimos dias, "sob o olhar impávido dos administradores".
"Não é possível acabar com a venda ambulante e defendo que haja maior dialogo com os vendedores”, advertiu Cassoma para quem é preciso também melhorar o nível de educação da população.
Por seu turno, vendedores de rua mostraram-se indignados pelas declarações do novo governador.
A vendedora Madalena mostrou-se indignada pelo facto de que durante as eleições “nos deixaram vender agora os fiscais estão atrás de nós e isso não é justo”.
“O governador, se quiser acabar com a venda ambulante, tem de arranjar empregos porque nós somos jovens e o nosso negócio não anda nas praças" , acrescentou.
Outros vendedores contactados pela VOA disseram não ser sua “escolha” vender nas ruas, mas que face à situação económica e a responsabilidade que têm outra opçao.