A UNITA disse hoje que é agora importante saber quem vai fazer a auditoria ao ficheiro informático central das eleições.
O responsável para os assuntos eleitorais da UNITA, Victorino Nhany, reagia ao anúncio da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) que revelou ter criado uma comissão para organizar o concurso público visando admissão da empresa que vai fazer a auditoria ao Ficheiro Informático de Cidadãos Maiores (FICM).
A decisão foi tornada pública no mesmo dia (Sábado) em que a UNITA, o principal partido da oposição, realizava uma manifestação nacional contra as irregularidades do processo eleitoral.
“O que importa é que a sociedade saiba qual é a postura da empresa, a idoneidade da empresa que vai fazer a auditoria”, disse Nhany para quem o anuncio desta auditoria não serve para “cobrir a questão ligada á violação da lei” na contratação de duas empresas espanholas para participarem na organização das eleições.
“São aspectos completamente diferentes”, acrescentou
A porta-voz da CNE Júlia Ferreira manifestou a esperança de que os resultados dessa auditoria seja conhecidos “até 30 dias antes da data da realização das eleições gerais”.
“Mandatamos à comissão de avaliação para aferir já, não só, a auditoria ao FICM, mas também a auditoria à solução tecnológica “, disse.
No último sábado, o presidente da UNITA, Iaías Samakuva advertiu para novas manifestações caso as exigências do seu partido não sejam satisfeitas.
A auditoria ao FICM visa permitir verificar a regularidade dos dados dos eleitores registados e os que actualizaram os seus dados durante o processo de registo e prova de vida iniciada em Agosto de 2016 e que terminou a 30 de Março deste ano.
O Ficheiro Informático de Cidadãos Maiores é um dispositivo que contém os dados dos 9.317.294 eleitores em condições de votar nas eleições gerais deste ano.
Os comissários da CNE aprovaram ainda os termos da atribuição da verba destinada ao apoio da campanha eleitoral aos partidos e coligações concorrentes.