O maior partido na oposição angolana UNITA exige a libertação de onze membros do partido no Huambo considerados presos políticos.
A condenação dos militantes daquela força partidária ocorreu na quarta-feira a noite no Bailundo. No dia julgamento o país ficou privado do sistema de internet e voz, ate quinta feira a tarde, enquanto a vila do Bailundo era sitiada.
As principais ruas do Bailundo foram interditas e o comité da UNITA, na localidade, foi cercado por polícias de choque e militares.
O julgamento ocorreu fora do tribunal, dentro do clube recreativo do Bailundo onde era visível bandeira do partido no poder.
Os políticos Galo Negro, incluindo o secretário municipal, Pedro Damião Nungulo, foram condenados por envolvimento nas confrontações com a polícia nacional na noite de sábado passado que, resultaram em ferimentos graves de dois agentes polícias.
O juiz, António Pena, condenou os réus a uma pena máxima de 10 meses e a mínima de setenta dias de prisão efectiva; acusados de se manifestarem ilegalmente e cometerem crimes de ofensas corporais.
O secretario provincial adjunto da UNITA no Huambo, Vasco Muyombo Vatutuva, disse a Voz da América que, os seus membros agiram em legítima defesa contra os disparos a queima-roupa da corporação.
“O 4 de Fevereiro que hoje é o dia do MPLA do inicio da independência nacional partiu nas cadeias. As revoluções surgem assim” alertou o dirigente partidário.
O MPLA acusou o deputado e secretário-geral da UNITA, Abílio Kamalata Numa, de estar na origem dos distúrbios ocorridos no planalto central.
Os incidentes no Huambo, segundo Rui Falcão Pinto de Andrade, secretario para a informação do partido no poder, ocorreram depois de uma reunião que o deputado da UNITA teve no Bailundo, durante a qual os militantes do partido receberam instruções para causarem distúrbios.
“O senhor Rui Falcão que é de origem duvidosa devia nós dizer de onde ele veio para ter força moral para nos acusar. Isso mete nervos” respondeu Vatutuva.
Por sua vez, o secretario Geral do MPLA, Dino Matross em declarações a emissora Luanda Antena Comercial – LAC – ameaçou ontem reprimir todos aqueles que tentarem se manifestar e provocarem distúrbios.