A UNITA, na oposição, dá nota negativa ao primeiro ano de governação do Presidente da República e sugere a João Lourenço que renuncie ao cargo.
Numa conferência de imprensa nesta quinta-feira, 14, em Luanda, na véspera de Lourenço completar o primeiro ano do seu segundo mandato, o presidente do grupo parlamentar daquele partido disse aos jornalistas que o Governo não tem sensibilidade para com os seus concidadãos e não conseguiu cumprir o que prometeu e jurou durante a cerimónia de tomada de posse.
"O Presidente governou com autoritarismo, governou contra a Constituição, governou contra a democracia e o bem estar de todos angolanos, a corrupção aumentou, o custo de vida elevou-se vertiginosamente, o desemprego continua a subir, as soluções ensaiadas pelo Governo mostraram-se ineficazes, o futuro das nossas crianças está seriamente ameaçado, o Presidente da República traiu o juramento que fez e está sem soluções para o país", afirmou Liberty Chiyaka.
A opção de João Lourenço pelo o método de adjudicação direta na contratação pública como regra e o concurso como a exceção foi, na óptica do líder do grupo parlamentar da UNITA, uma das principais manchas destes primeiros 12 meses de governação.
Com "milhares de jovens angolanos no desemprego, milhares de pessoas a passar fome e a morrer de fome, mais de dois milhões de crianças fora do sistema de ensino primário que é obrigatório e gratuito", continuou Chiyaka, "se houvesse alguma elevação política e moral da parte do Governo de João Lourenço amanhã mesmo apresentaria a sua demissão".
A Voz da América contactou o Gabinete de Comunicação Institucional da Presidência da República, mas foi descartada qualquer reação da parte dos assessores de João Lourenço por se encontrarem fora do país a acompanhar o Chefe de Estado que participar na Cimeira do Grupo dos 77 que decorre em Havana, Cuba.
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