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EUA assinalam com mil milhões de dólares "empenho" na expansão do Corredor de Lobito


Porto de Lobito, Benguela, Angola
Porto de Lobito, Benguela, Angola

Washington reafirma apoio à enpansão do Corredor de Lobito, para que ligue o sul da República Democrática do Congo e o noroeste da Zâmbia aos mercados comerciais regionais através de Angola.

A coordenadora especial interina da Parceria para o Investimento Global em Infraestruturas (PGI) do Departamento de Estado americano reafirmou nesta quarta-feira, 13, o engajamento de Washington na expansão do Corredor de Lobito, ligando o sul da República Democrática do Congo e o noroeste da Zâmbia aos mercados comerciais regionais através de Angola, e revelou que o seu Governo já investiu "cerca de mil milhões de dólares só em Angola para começar a fazer parte deste trabalho".

Desta forma, Helaina Matza reiterou que "continuaremos a expandir o que essa oferta implica em vários setores".

No sábado, num comunicado conjunto, os Estados Unidos da América e a União Europeia UE) saudaram o compromisso de Angola, da Zâmbia e da República Democrática do Congo (RDC), anunciado em Nova Deli, à margem da Cimeira do G20, em desenvolver o Corredor do Lobito que liga o sul da RDC e o noroeste da Zâmbia aos mercados comerciais regionais e globais através do Porto do Lobito, na província angolana de Benguela e Washington anunciou, no imediato, financiar os estudos de viabilidade.

Em conferência de imprensa virtual organizada a partir da representação diplomática consular em Joanesburgo, Matza sublinhou que "a principal preocupação e interesse neste momento é garantir que estamos a fazer tudo o que podemos para ajudar a dar continuidade ao caminho-de-ferro de uma forma que realmente entre na Zâmbia e traga essa conectividade adicional para Angola e uma rota para o porto, isso levará algum tempo e julgo que temos um bom plano em andamento para ajudar a apoiar esses esforços".

A coordenadora especial interina da PGI destacou que o projeto pretende ser "multissetorial" e que a iniciativa se realizará até 2028 em parceria com a União Europeia (UE), cujo investimento está por definir.

A Administração Biden considera que este será "o maior investimento individual dos EUA e da UE no continente africano numa geração" e visa "desbloquear o enorme potencial" existente no setor da ferrovia na África Subsaariana.

Helaina Matza lembrou ainda que essa aposta vai integrar também o desenvolvimento de comunicações móveis 5G, assim como projetos na área das energias renováveis, naqueles três países.

"Grande parte do investimento na infraestrutura, a pedido dos vários governos que fazem parte deste grupo, visa melhorar a conectividade através das suas fronteiras em todas as direções entre a Zâmbia e a RDCongo e, claro, Angola e Zâmbia também, e também podemos pensar em diferentes maneiras de apoiar essa implantação e chegar a acordos comerciais mais interessantes, sendo capazes de trazer algumas das empresas que já operam na nossa área estratégica, nomeadamente empresas de mineração (...), mas esperamos que alguns agronegócios adicionais e outras indústrias aproveitem essas rotas", concluiu coordenadora especial interina da Parceria para o Investimento Global em Infraestruturas (PGI) do Departamento de Estado americano.

As autoridades angolanas acreditam que, nos próximos cinco anos, as empresas do Corredor do Lobito e outras que a parceria mobilizar vão gerar milhares de emprego.

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