O regresso do militante da UNITA, António Kaputo, ao Bailundo, resultou em confrontos entre a polícia nacional e os membros do maior partido na oposição angolana.
De acordo com aquela organização partidária, a polícia atirou a queima-roupa contra a caravana dos militantes daquele partido, que se deslocava para aldeia Kayumba para levar Kaputo que saira da cadeia.
O segundo comandante da polícia no Huambo, Assis Neto, disse a Voz da América que, um inspector chefe se encontra gravemente ferido, enquanto, um subchefe tinha sido refém da UNITA, na sequência das confrontações.
Assis Neto confirmou a detenção de 13 indivíduos do Galo Negro, acusados de desacato à lei, crimes de ofensas corporais e tentativa de homicídio frustrado.
Por sua vez, a UNITA diz que os seus membros agiram em legitima defesa e fala da detenção 15 filiados da sua organização.
A VOA, Vasco Muyombo Vatutuva, secretario provincial adjunto da UNITA no Huambo, disse que o ambiente no local é tenso levando populares a pernoitarem nas matas.
O político referiu ainda que, desde sexta-feira passada, dia em que António Kaputo fora julgado, que as instalações do seu partido em todos os municípios, têm sido cercados por polícias de choque e militares das forças armadas.
“Já há pessoas que estão ligar para nós para dizer querem abandonar as cidades, com medo que guerra comece” disse o dirigente partidário. Nós estamos a dizer que quem está a exibir as armas é quem sabe o que quer fazer.”
Vatutuva acusou ainda o executivo do governador Faustino Muteka de recorr a assassinatos políticos, sequestros e prisões arbitrárias para intimidar a oposição
“Faz parte da estrutura do regime inviabilizar a acção da UNITA. Nós pensamos que não devíamos olhar esse aspecto como aspecto da polícia ou aspecto das forças armadas”, disse.
Num comunicado, o "Galo Negro" promete apresentar queixa-crime contra o governador Faustino Muteka por ser autor moral dos incidentes, ocorridos no sábado à noite..
Entretanto, o partido no poder desdramatiza as acusações, alegando não haver intolerância política na província.