Continuam a aumentar os casos de infanticídio levados a tribunal na Província do Namibe, onde a polícia deteve mais uma mulher das presumíveis autoras de crimes de infanticídio.
Trata-se de Lemicia Populukeny de 24 anos de idade, segundo o porta-voz do Comando Provincial do Namibe da corporação, Inspector Chefe Henrique Andrónico.
"Através dos orgãos operativos do Comando Provincial do Namíbe da Policia Nacional, foi possível capturar a cidadã que diz chamar-se Lemicia Populukeny, mais conhecida por Leny, tambem, implicada no crime de infanticidio, facto ocorrido no pretérito mês de Novembro, nas mediações do bairro Comandante Valodia, junto do Kandeve. Sendo facto chocante, foram envidados todos esforços, no sentido de se eclarecer o caso",esclareceu.
O oficial da corporação assegurou que a operação vai continuar, até que todas as mulheres que, ao longo do ano transacto, foram cometendo crimes de infanticídio, semeando cadáveres de bebés um pouco pelas ruas da cidade do Namíbe, sejam igualmente levadas à barra do tribunal.
"Com relação ao assunto, todo esforço está a ser envidado para que o caso seja esclarecido publicamente, aqui no Municipio do Namíbe. Repito, são casos chocantes que não podem ser minimizados. Apelamos à população para colaborar com a polícia na denúncia, embora tenhamos já pistas das presumiveis autoras", revelou
Contra as normas da saúde pública em Angola, a intervenção foi feita em casa de uma enfermeira e custou dos bolsos da ora detida, cerca de dez mil kwanzas, o equivalente a dez dólares americanos. Lemicia Populukeny, em situação de detida e arrependida, disse à imprensa que recorreu a uma amiga para se desfazer do bebé, depois de constatar ter sido abandonada pelo companheiro, cujo nome não revelou.
"Fui ter com ele, para saber como ficaria a minha situação, já que os meus país não me queriam ver em casa grávida. Ele zangou-se comigo e, no dia seguinte, mudou de casa e desligou o telemóvel, para nunca mais. Foi assim que recorri à minha amiga que me conduziu à casa da enfermeira Mariana José, que vive no <Ribacove> para tirar gravidez", lamentou. "Estou arrependida, não façam o que eu fiz" disse.
No ano transacto, cerca de duas dezenas de cadáveres de crianças foram removidos dos contentores de lixo, esgotos e valas de drenagem e sepultados pelos serviços das administração local do Estado.
Por conta e risco dos crimes de infanticidio, quatro progenitoras, todas elas na classe dos vinte anos de idade, já a contas com a justiça, um número que deverá subir nos próximos tempos, a ter em conta os casos registados ao longo do ano transacto, no encalço está a Polícia de Investigação Criminal.