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UNITA avança com processo-crime contra polícia que acusa deputados de desordem pública


Liberty Chiyaka, líder parlamentar da UNITA, Angola
Liberty Chiyaka, líder parlamentar da UNITA, Angola

Acontecimentos tiveram lugar em Ndalatando durante protestos contra mortes de camponesas

A UNITA, principal partido da posição em Angola, através do seu líder parlamentar Liberty Chiyaka, anunciou que vai abrir um processo-crime contra os autores da detenção de dois deputados no domingo, 16, em Ndalatando, província de Cuanza Norte.

A Polícia Nacional (PN), por seu lado, acusou Francisco Fernandes Falua e João Quipipa Dias de bloquearem estradas e de enfrentar os seus oficiais, tendo os deputados sido libertados depois de terem sido identificados.

Como a Voz da América noticiou anteriormente, no domingo, 16, dois deputados da UNITA foram detidos juntamente com com manifestantes que realizavam um protesto contra as mortes de, pelo menos, 13 camponesas anciãs naquela província e a pedir uma investigação ao caso.

Liberty Chiyaka disse ter instruído a sua equipa a avançar com um processo-crime para “aqueles que prenderam os nossos deputados” ao intervir em Ndalatando, onde reiterou que a investigação das mortes de anciãs “vai continuar”.

Enquanto o grupo parlamentar da UNITA avança para o tribunal e continua a exigir uma investigação célere às mortes, a PN na província disse, em comunicado, que os deputados estavam, alegadamente, “envolvidos num grupo de cidadãos que interditaram a Estrada Nacional N°230 e que impediam a circulação de veículos”.

A corporação acrescentou, que ao tomar conhecimento do incidente, enviou agentes que confirmaran a presença de aproximadamente 50 cidadãos “trajados com indumentárias pretas, alegadamente, em protesto às mortes de anciãs nos campos de cultivo, registadas recentemente, na província”.

“Durante as ações de reposição da ordem, os cidadãos envolvidos insurgiram-se contra os agentes da Polícia em serviço, tendo sido recolhidos para a esquadra mais próxima seis cidadãos, que, depois de devidamente identificados, se percebeu a presença de dois deputados”, continuou a nota da PN, acrescentando que “os parlamentares foram imediatamente postos em liberdade”.

A PN concluiu que “pouco depois, os mesmos voltaram às ruas e protagonizaram novos atos de desobediência e desordem pública”.

No mesmo dia, o jornalista António Domingos foi detido e o secretário-geral do Sindicato de Jornalistas Angolanos (SJA), Pedro Miguel, confirmou à Voz da América, que a organização vai abrir um processo-crime por “violação da liberdade de imprensa”.

Domingos, que é secretário provincial do SJA, foi abordado pela polícia e mesmo depois de ter sido identificado foi levado para as instalações do Comando Municipal e libertado mais tarde.

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