O principal partido da oposição angolana, a UNITA, diz que a solução para a profunda crise que abala o país jaz nas eleições de 2017.
O vice presidente da UNITA, Raúl Danda, reagia a acusações de que a oposição tem estado omissa da profunda crise que se faz sentir no sistema de saúde, com centenas de mortes a registarem-se todos os dias.
Para Danda, o povo tem que decidir em 2017 dar a vitória à oposição.
''É verdade que pode haver quem diga que a UNITA só tem os olhos postos para 2017, mas é isso mesmo que é preciso que o povo entenda que a UNITA não vai iniciar aqui uma revolução, não vamos pôr o país em tumulto. O que nós queremos é que o povo, em 2017, com o seu voto altere esta situação'', disse Danda para quem o país sob governação do MPLA “não tem cura”.
''Estamos a ver o país a afundar e o timoneiro do barco a deixar o barco se dirigir ao abismo”, disse este responsável da UNITA..
“Este país já não tem cura, nem remédio, este regime esgotou as ideias completamente'', acrescentou.
Igual constatação tem o PRS, terceira maior força da oposição.
Benedito Daniel, o secretário-geral do PRS, diz que o problema não é da oposição.
''O governo cala-se como se fosse a coisa mais normal as pessoas estarem a morrer aos montes nos hospitais, duzentas a trezentas mortes num único hospital e ninguém diz nada e nós oposição pressionamos e damos sugestões”, disse.
“Não estamos ausentes como a população diz, só que quem está no governo acha que só eles 'que estudaram nas universidades só eles é que sabem tudo e não ouvem os outros”, disse Benedito Daniel.
“O problema é que este governo está decadente'', acrescentou o secretário-geral do PRS.