“Um insulto” foi como o porta-voz da Renamo, principal partido da oposição, classificou o aumento de sete por cento a 27 por cento do preço dos combustíveis, semanas depois de o Governo ter anunciado a subida de cinco por cento do salário mínimo nacional.
“Os moçambicanos não merecem viver eternamente debaixo da fome, por conta da má gestão dos impostos e da coisa pública, que impedem a poupança de recursos”, disse José Manteigas, em conferência de imprensa nesta sexta-feira, 22, em Maputo
Depois de considerar a subida dos preços um “insulto”, Manteigas lembrou que “este aumento veio agravar mais o penoso custo de vida que os moçambicanos suportam, diariamente, num país onde o índice de desemprego é altíssimo e assustador”.
Os bens de primeira necessidade e os transportes serão, segundo o porta-voz da Renamo, os sectores mais afectados no imediato, num momento de crise devido à pandemia que lançou muitas pessoas no desemprego.
Os novos preços estipulados pela Agência Reguladora de Energia entraram em vigor na quinta-feira, 21.
O gás de cozinha sofreu um aumento de 22 por cento, o petróleo de iluminação quase 11 por cento, agasolina 10 por cento e o gás natural veicular quase 9 por cento.
O anterior ajuste tinha sido feito em Novembro do ano passado.