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UE concede ajuda de emergência a Moçambique e Mayotte


Consequências do ciclone Chido em Mayotte
Consequências do ciclone Chido em Mayotte

A União Europeia vai disponibilizar 900.000 euros para ajudar Moçambique, que foi atingido pelo ciclone Chido no fim de semana passado, anunciou na sexta-feira, 20, uma porta-voz da Comissão Europeia.

Cinco voos, no âmbito de uma ponte aérea humanitária, fornecerão a Moçambique 60 toneladas de ajuda de emergência, incluindo material de abrigo.

O último número de mortos no país é de 75, contra 73 no dia anterior, segundo o Instituto Moçambicano de Gestão de Riscos e Catástrofes. Moçambique foi o país mais afetado do continente africano pela passagem da tempestade. O presidente decretou dois dias de luto nacional a partir de hoje.

O Chido atingiu Moçambique numa altura em que a situação política no país é muito tensa, na sequência das eleições de 9 de outubro. A oposição contesta a vitória anunciada do partido no poder e a crise eleitoral já fez pelo menos 130 mortos. Os resultados destas eleições devem ser aprovados pelo Conselho Constitucional até segunda-feira.

Ajuda humanitária reforçada em Mayotte

A Comissão Europeia vai também fornecer ao arquipélago francês de Mayotte, no Oceano Índico, alojamento de emergência, kits de higiene e tendas médicas às vítimas do ciclone Chido.

Em resposta a um pedido das autoridades francesas, a Alemanha, a Itália, a Suécia e a Bélgica disponibilizaram esta primeira ajuda humanitária, declarou a porta-voz, Eva Hrncirova.

O pedido das autoridades francesas é de 10.000 tendas e abrigos de emergência para acolher as famílias afectadas.

Pessoas limpam os destroços à volta das casas destruídas na sequência do ciclone Chido, em Mamoudzou, Mayotte, França, a 20 de dezembro de 2024.
Pessoas limpam os destroços à volta das casas destruídas na sequência do ciclone Chido, em Mamoudzou, Mayotte, França, a 20 de dezembro de 2024.

“Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para apoiar Mayotte”, afirmou Hadja Lahbib, Comissária Europeia para a Gestão de Crises, citada num comunicado de imprensa.

Emmanuel Macron deixou o arquipélago francês de Mayotte esta sexta-feira, depois de constatar as necessidades gritantes das zonas sem litoral, onde foi confrontado, tal como na véspera, com a profunda angústia dos habitantes, exasperados e sobrecarregados pelos danos causados pelo ciclone Chido.

“Somos uma só nação” e ‘Mayotte e França, até ao fim’, escreveu o Chefe de Estado no X em francês e mahorais, após uma visita de dois dias ao arquipélago devastado pelo ciclone.

Segundo dados provisórios, 31 pessoas morreram e cerca de 2 500 ficaram feridas em Mayotte na sequência da passagem deste ciclone devastador.

c/ AFP

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