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Rasto de Chido em Moçambique deixa 70 mortos e 600 feridos


Destruição provocada pelo ciclone Chido em Moçambique, 2024
Destruição provocada pelo ciclone Chido em Moçambique, 2024

Autoridades alertam que os números podem aumentar

Três dias depois da passagem do ciclone Chido pelas províncias moçambicanas de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) informou que o número de vítimas mortais aumentou para 70, enquanto os feridos chegam a 600.

O Centro Nacional Operativo de Emergência (CNOE) registou pelo menos 50 mortos só no distrito de Mecufi, na província de Cabo Delgado, de acordo com Bonifácio António, técnico do INGD.

"Muitas unidades sanitárias foram destruídas, infraestruturas de serviços públicos, incluindo escolas. O número de mortos pode vir a subir nas próximas horas porque à medida que as equipas fazem buscas vai se tendo novos registos", afirmou António na noite desta quarta-feira, 18.

De acordo com aquele órgão, um total de 35.689 famílias foram afetadas, um universo de 181.554 pessoas.

Quanto a infraestruturas, o INGD confirmou até agora que foram destruídos 36.207 casas, 48 unidades hospitalares, 13 casas de culto, 186 postes de energia, nove sistemas de água e 171 embarcações.

Mais 149 escolas, 15.429 alunos e 224 professores foram afetados pelo mau tempo.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados alertou que 190 mil pessoas necessitam de ajuda urgentemente, a organização Save the Children advertiu que 650 mil crianças correm vários riscos e a ONU já disponibilizou quatro milhões de dólares em ajuda humanitária.

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